A modelagem paramétrica (ou MP) e a fabricação digital são tecnologias que vêm despontando na arquitetura por meio do uso de ferramentas gráficas como Grasshopper 3D, Rhinoceros 3D, Honeybee, Ladybug e outros softwares de gestão de formas paramétricas. Esse tipo de construção se beneficia do que a Indústria 3.0 e 4.0 têm a oferecer, então o raciocínio é que você pode gerar formas complexas quando tem uma estrutura e não tem todos os componentes fabricados de formas idênticas que serão empregados diretamente na obra.
Para Denivaldo Pereira Leite, coordenador do curso de Arquitetura Digital e Projetos Paramétricos da Belas Artes, a arquitetura paramétrica, pelo menos academicamente, é uma terminologia que ainda está em discussão, mas, comercialmente, o que se entende por arquitetura paramétrica seria produção de arquitetura e construção que fazem emprego das tecnologias digitais tanto para projetos quanto para fabricação dos componentes que vão diretamente para a obra. “Tradicionalmente, o arquiteto faz o desenho, mas usando as tecnologias digitais. Na arquitetura paramétrica, ele passa a modelar o edifício e integrar outros profissionais em uma base de dados só”, esclarece.
Ainda de acordo com o docente, o projeto paramétrico não está inventando a roda, ele já está inserido na metodologia BIM e tem que se valer das normas vigentes. “Por exemplo, se eu vou calcular uma estrutura em concreto ou aço que possui uma fórmula complexa, eu não vou fugir da ABNT porque ela é um parâmetro a ser seguido”, orienta Denivaldo. Tanto é que existem vários parâmetros que são trabalhados digitalmente.
Uso do BIM
“O BIM é um conjunto de técnicas, tecnologias e políticas que organiza todas as informações do edifício, desde o projeto até o seu retrofit lá no futuro”, aponta Denivaldo. O BIM une o arquiteto, o engenheiro civil, o engenheiro de edificações, designers, o incorporador e o pessoal de facilities — que é quem vai fazer a manutenção em um mesmo local. Logo, um equipamento consegue produzir, em escala, componentes diferentes que são empregados diretamente na obra.
Para o arquiteto e docente, as construções fantásticas, como as do escritório da Zaha Hadid, exigem um grau técnico elevadíssimo dos profissionais envolvidos e a falta de capacitação acaba sendo um impeditivo para o desenvolvimento do setor: “A aula de informática, por exemplo, já deveria estar dentro da aula de projeto”, destaca.
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