terça-feira, 29 de setembro de 2020

VC Responde: Como construir churrasqueira?

As churrasqueiras são sempre bem-vindas para apreciar momentos de lazer e descanso, seja com seus familiares ou com seus amigos, não é mesmo? Um desejo muito comum de quem mora em residências é construir a sua própria churrasqueira em uma área aberta. E essa foi uma das dúvidas que recebemos de um de nossos leitores para a primeira edição da seção VC Responde. Você sabe qual o passo a passo para construir churrasqueira? Convidamos o consultor técnico de mercado da Votorantim Cimentos, engenheiro Claudio Inon, para contar como realizar essa execução e dar dicas valiosas sobre cuidados que são necessários. Confira:

 

Como construir churrasqueira: materiais

Você vai precisar de:

  • Tijolos maciços;
  • Lajotas ou tijolos refratários (não é um item obrigatório, mas aumenta a durabilidade da churrasqueira);
  • Argamassa refratária (pode utilizar argamassa tradicional, mas a refratária aumenta a durabilidade);

Obs: Se for utilizar argamassa tradicional, a recomendação é de utilizar em sua composição o cimento Obras Estruturais e o traço 1:5 (uma parte de cimento e cinco partes de areia). Adicionar água aos poucos até deixar a mistura homogênea e com consistência boa para assentamento.

  • Areia;
  • Brita.

 

Como construir churrasqueira: passo a passo

1 – Base da churrasqueira: comece fazendo duas paredes até a altura que queira que fique o fogo (as paredes podem ser de concreto ou tijolo, o que achar melhor). Em seguida faça uma pequena laje de 8 cm de espessura sobre as duas paredes (o carvão ficará sobre a laje no momento do churrasco). Recomendação: utilizar o cimento Obras Estruturais e o traço informado no verso da sacaria do produto ou o traço 1:2:3 (uma parte de cimento, duas partes de areia e três partes de brita). Se possível, utilizar a brita 0 ou pedrisco.

 

Dica do especialista: tenha em mente qual o tamanho da churrasqueira que quer fazer. A churrasqueira terá o tamanho da laje que será feita. Churrasqueiras grandes demoram mais tempo para esquentar e demandam uma quantidade maior de carvão.

 

2 – Paredes da churrasqueira: após a secagem da pequena laje, faça o assentamento dos tijolos maciços com a argamassa refratária (caso não tenha, pode utilizar argamassa de cimento e areia no traço 1:5). Comece colocando a argamassa nas bordas da laje, em seguida faça uma fiada de tijolo maciço, depois volte a colocar argamassa sobre os tijolos recém assentados e faça uma nova fiada de tijolos. Faça quatro fiadas de tijolo nas 4 bordas da laje, em seguida continue somente nas laterais e fundo da churrasqueira (assim você deixa a parte da frente aberta para fazer o churrasco). Faça fiadas até a altura que desejar para a sua churrasqueira (lembre-se de deixar espaço para fazer ou instalar uma chaminé para dissipar a fumaça durante o churrasco).

 

Dica do especialista: atente-se para colocar os tijolos alinhados, assim sua churrasqueira terá um acabamento de alta qualidade.

 

3 – Revestimento interno: na parte interna das paredes da churrasqueira, faça o assentamento das lajotas ou tijolos refratários.

 

Obs: Essa etapa não é obrigatória, mas aumenta muito a durabilidade de churrasqueira.

 

4 – Chaminé: faça a chaminé da mesma maneira que fez o assentamento dos tijolos nas paredes das primeiras fiadas, mas agora coloque os tijolos um pouco deslocados para a parte de dentro (aproximadamente metade da largura do tijolo). Vá afunilando até deixar um espaço central para a passagem da fumaça e em seguida faça a chaminé até passar da altura do telhado. Se preferir, pode fazer a instalação de uma chaminé metálica para facilitar.

 

5 – Passagem dos espetos: faça furos nas paredes laterais para a passagem dos ferros que sustentarão os espetos e grelhas.

 

6 – Acabamento: finalizada a construção, é só pintar os tijolos da cor que mais combinar com o ambiente. Faça a pintura somente do lado de fora.

 

Dica do especialista: fique atento ao tamanho dos espetos e grelhas que irá utilizar para que o tamanho da churrasqueira seja compatível com eles.

 

 

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domingo, 27 de setembro de 2020

Retomada do varejo: perspectivas para as lojas de materiais

As perspectivas de 2020 para o setor do varejo da construção civil eram de estabilidade e, com isso, os lojistas tinham grandes expectativas de que o ano fosse de equilíbrio, consequentemente, com bons resultados que apresentassem um avanço significativo. [Entenda o quadro geral aqui]. A estabilidade do mercado que todos previam no final de 2019 em conjunção com a redução nas taxas de juros beneficiaria a todos os setores, em especial o da construção civil, que há muito tempo já sofria os efeitos de uma retração na economia com o cenário político dos últimos anos que acabaram influenciando nos resultados atuais.

De acordo com Waldir Abreu, superintendente da Associação Nacional de Materiais de Construção (Anamaco), o fato é que temos uma forte recessão já a caminho. “Infelizmente, se a MP 936 não tiver o prazo estendido por mais tempo – a princípio terá validade até o final de julho – a partir deste período o setor começará a registrar demissões”, ressalta. E os números não são nada animadores, haja vista uma recente pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Pnad Covid-19, realizada na última semana de maio, que apontou a existência de 28,6 milhões de desempregados em todo o país. “É difícil precisar o tempo que durarão os efeitos da crise, mas com certeza teremos dias difíceis ao menos durante os próximos dois anos”, complementa.

Expectativas pós-pandemia e dicas para enfrentar a crise

As expectativas para o futuro do varejo de materiais de construção estarão diretamente ligadas às atitudes que forem tomadas neste momento em que a pandemia tem apresentado o seu ápice. Como já ressaltado, a concessão de créditos definirá a sobrevivência de muitos destes lojistas para que possam oxigenar os negócios. Então, o mercado precisa absorver de uma vez por todas que o lojista necessita de suporte financeiro para sobreviver a esta pandemia. “Daí, sim, poderemos ter um período pós-Coronavírus menos traumático. No entanto, não podemos fugir da realidade mundial, ou seja, teremos recessão e não há como fugir deste panorama neste momento”, ressalta.

Como a grande maioria, o setor de varejo de material de construção tem encontrado à frente as dificuldades advindas desta devastadora pandemia de Covid-19, embora o segmento tenha sido considerado essencial via decretos – por meio de um forte trabalho junto aos Governos Municipal, Estadual e Federal – encampados por parte de entidades, a exemplo da própria Anamaco. “Este empenho nos permitiu ter um cenário menos ruim, já que há setores que estão fechados desde o início da pandemia”, destaca. O lojista do segmento de material de construção compreendeu muito bem que teria de se adequar a esta desafiadora realidade. “Então, passar segurança neste quesito da higienização e etiqueta de comportamento aos clientes tem sido fundamental, porque o consumidor do bairro, normalmente, já conhece o lojista, tem certa proximidade e/ou intimidade”, complementa.

Como se adequar ao novo consumidor

Ainda de acordo com Waldir, é importante procurar sempre atender às expectativas do cliente oferecendo atendimento personalizado, principalmente, em um momento em que as pessoas estão muito sensibilizadas emocionalmente. “Vale a pena reforçar aos clientes que respeitem as regras de distanciamento, mesmo que esta conduta reflita em um atendimento um pouco mais demorado”, orienta. Outro ponto importante é sempre orientar o público com relação ao novo horário de funcionamento (há variações em cada cidade). Isso  é fundamental para que o consumidor não encontre as portas fechadas e, ao mesmo tempo, otimize a própria agenda.

Os usuários das lojas de material de construção habitualmente gostam de ter consultorias, conversar com a pessoa que o atende no balcão, tirar dúvidas e pedir ajuda. Por fim, é importante que os proprietários estejam também preparados para ativar o sistema de televendas/Whatsapp. “Estamos em meio a uma pandemia e tudo fica mais difícil e instável. Mas o importante é unirmos forças e mesclarmos a preocupação com o bem-estar das pessoas à oxigenação da economia”, finaliza.

 

 

Quer mais dicas para driblar a crise? Confira a matéria especial: https://www.mapadaobra.com.br/negocios/pandemia-crise/

 

 

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quinta-feira, 24 de setembro de 2020

VC Responde: Como fazer a limpeza de caixa d’água?

É verdade que boa parte da população brasileira não tem o hábito de limpar a caixa d’água da sua residência. Um dos principais motivos é que a limpeza do reservatório não está na nossa lista de prioridades, ou seja, não a consideramos como uma tarefa necessária. A higienização só é lembrada quando a coloração da água muda por algum problema na concessionária de abastecimento, ou ainda, na pior hipótese, quando alguém fica doente por conta do consumo da água contaminada.

Seja a caixa d’água de uma empresa, casa ou condomínio, a orientação dada sobre o intervalo de tempo de uma limpeza e outra é de 6 meses. Para tirar todas as dúvidas sobre como essa limpeza deve ser realizada, o consultor de Desenvolvimento Técnico de Mercado (DTM) da Votorantim Cimentos, Marlon Custódio, preparou o material abaixo. Confira:

Limpeza de caixa d’água: materiais

  • Pano;
  • Esponja macia;
  • Escova de cerdas de fibra vegetal;
  • Água sanitária;
  • Pá plástica.

 

Passo a passo da limpeza de caixa d’água

Você mesmo pode fazer a limpeza da sua caixa d’água, ou contratar um profissional para o serviço, considerando a realização dos passos abaixo:

 

1- Preparo: primeiramente, feche o registro de entrada da sua caixa d’água. Retire a água, mantendo sempre um palmo do líquido dentro do reservatório. Isso é muito importante pois esta quantidade será utilizada durante a higienização da sua casa.

Lembre-se que você pode utilizar a água para limpezas domésticas e outras atividades e, desse modo, não precisa necessariamente descartar toda a água que é retirada. Além disso, depois deste processo, feche o registro de saída da água.

 

 

2- É hora de limpar: agora você deverá utilizar a escova para esfregar as partes em que a sujeira é mais evidente – enquanto o uso do pano é adequado para limpezas mais leves. Procure esfregar cada pedacinho da caixa, garantindo que a mesma seja higienizada por completo.

 

Dica do especialista: em hipótese alguma utilize detergente ou qualquer tipo de produto de limpeza para lavar a sua caixa. Isso porque estes produtos podem permanecer por mais tempo e, como consequência, podem contaminar a água e causar danos para a saúde. O mesmo vale para o uso de vassouras ou utensílios de limpeza que não estejam listados em nossa lista de materiais.

 

3- Descarte a água suja pela tubulação de limpeza: todo o restante da água que permanecer no fundo e não for eliminada pela tubulação de limpeza deverá ser secada com um pano limpo ou retirada com baldes, igualmente limpos. É preciso que toda a água seja eliminada antes de a caixa ser cheia novamente. Apenas depois deste processo você deverá fechar novamente a tubulação de limpeza.

 

4- Segunda parte da limpeza: apesar da caixa já parecer higienizada, é imprescindível que você continue a limpeza da mesma. Com os registros de saída fechados, abra um pouco o registro de entrada da água. Espere encher mais um menos um palmo de água em sua caixa.

Feito isso, você deverá sanitizar a caixa d’água, seguindo as medidas abaixo de água sanitária:

 

  • 1 litro de água sanitária para cada 1000 litros de água;
  • Meio litro para caixas de 500 litros;
  • 2 litros para caixas de 2000 litros, e assim por diante.

 

Depois de despejar a água sanitária, aguarde 2 horas para que a mesma faça o seu processo de limpeza por si só. Entretanto, a cada trinta minutos encharque um pano na água da caixa, passando o mesmo em todas as paredes e na tampa do reservatório. Assim a limpeza será ainda mais profunda e de qualidade.

 

5- Retirando a água sanitária: depois de aguardar as duas horas de pausa, é hora de eliminar a mistura presente em sua caixa. Para isso, você deverá abrir os registros de saída, além de abrir as torneiras, chuveiros e puxar as descargas da sua casa. Assim você irá limpar, inclusive, toda a sua tubulação.

 

6- Abrindo o registro de entrada: quando você eliminar toda a água com mistura do seu reservatório, feche todas as suas torneiras, chuveiros e não puxe mais as descargas. Assim, abra o registro de entrada, mantendo o de saída também aberto.

 

Dica do especialista: nesta etapa você deverá travar a tampa da caixa, além de anotar, do lado de fora, qual é a data para a próxima limpeza. Assim você mantém a organização deste cuidado tão importante.

 

7- Utilize a água de um modo inteligente: como você utilizou água sanitária para a limpeza da sua caixa, é adequado que os primeiros litros sejam utilizados de um modo inteligente. Isto é, procure utilizar as primeiras entradas de água para higienizar a sua casa, lavando calçada, pisos, janelas, roupas etc. Assim você consegue eliminar qualquer vestígio de água com água sanitária, garantindo toda a eficácia do processo. Faça a limpeza regularmente.

 

Marlon Custodio VCimentos Marlon Custódio, consultor de Desenvolvimento Técnico de Mercado (DTM) da Votorantim Cimentos.

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domingo, 20 de setembro de 2020

5 dicas de precificação em tempos de pandemia

Atualmente, no Brasil, existem mais de 140 mil lojas de materiais de construção em atividade. Com tanta concorrência, oferecer alguma vantagem competitiva é fundamental para conquistar e manter clientes a fim de obter resultados positivos ao final do mês. Para que um negócio gere lucro dentro de sua atividade é muito importante que o lojista tenha controle maior sobre a precificação de produtos e também sobre o controle de estoque.

Apesar dos resultados negativos que fizeram parte do cotidiano do setor da construção civil nos últimos anos, as lojas de materiais de construção se mantêm firmes no mercado e, de acordo com Bruno Mazon, vendedor da Taurus Materiais de Construção, localizada em São Carlos, a pandemia trouxe algumas imposições e mudanças significativas para isso. “Nas primeiras semanas precisamos fechar as portas, mas depois, com as regras que o Governo impôs, nós conseguimos manter os resultados e ao contrário do que imaginávamos, que as vendas iam cair, o faturamento dobrou”, ressalta.

 

Técnicas no processo de precificação para a loja

O processo de precificação pode não ser uma tarefa fácil para muitos lojistas de materiais de construção, afinal, dentro da formação de preços de qualquer produto precisam estar alocados os custos de sua compra, porque isso tem um papel fundamental também na margem de lucro desejada com as vendas da loja. Confira abaixo cinco dicas de precificação em tempos de pandemia:

 

  1. Utilizar a curva ABC;
  2. Negociar preços e prazos;
  3. Analisar a concorrência;
  4. Considerar variados perfis de clientes;
  5. Oferecer formas de pagamento facilitadas.

 

Uma das principais técnicas que pode ajudar os gestores desses estabelecimentos a realizarem a precificação correta de seus produtos é a utilização da curva ABC. Essa curva é importante, pois ajuda a segmentar os itens dentro dos grupos A, B e C, sendo que os produtos que fazem parte do grupo A e B são os principais responsáveis pelo valor total das vendas. Já os outros 5% das vendas são compostos pelo grupo C, sendo representados, então, pelos produtos com menor valor dentro do estoque.

Considerando este aspecto, a curva ABC é fundamental para compreender os principais produtos que devem ser considerados pelo lojista e quais são essenciais para se ter no estoque e que, consequentemente, podem fornecer maior margem de lucro para a loja. Outro pronto importante é a relação do lojista com os seus fornecedores, levando em conta todas as possibilidades oferecidas por eles e a qualidade de produtos a fim de realizar uma escolha assertiva e que não venha gerar problemas futuros.

A importância do perfil dos clientes na precificação

Ainda de acordo com Bruno, com relação aos produtos, tudo aquilo que está relacionado à reforma tem ganhado mais destaque durante a pandemia. “Os produtos que vendem mais são o cimento Itaú, os tijolos, tinta e portas”, ressalta.  Portanto, para produtos que já possuem certa credibilidade no mercado de construção, é preciso ter certa cautela já que o consumidor dificilmente deixaria de comprá-los por conta de uma pequena alta em seu preço, devido a sua necessidade.

O lojista ou gestor de loja precisa estar preparado para alinhar a sua precificação de produto de acordo com as variações de mercado, além de considerar as práticas aplicadas pela concorrência. Cada loja possui a sua própria política de vendas considerando preço inicial, preço final, prazos mínimos e máximos de pagamentos, sistemas e ferramentas de pagamento, quais possuem venda a vista, cartão de débito ou crédito e até mesmo, em alguns casos, por exemplo, e-commerce, onde são feitos faturamentos através de boleto. Para Bruno, falando sobre a parte de precificação da loja de materiais de construção, “o mais importante é facilitar o pagamento seja através de parcelamento ou outras formas para que a loja não perca a venda”.

Mas nem sempre é tão simples assim quando se tem que considerar algumas variações do mercado, como a elasticidade da demanda e práticas de precificação aplicadas pela concorrência. É importante também que o lojista tenha em mente qual o perfil da sua demanda antes de definir ou modificar o valor dos produtos. Por isso, antes de realizar uma precificação de produtos na loja também é necessário considerar qual o perfil dos clientes e também qual é a sua demanda antes de realizar alterações de preços em itens com que o consumidor que frequenta a loja já está habituado.

 

Quer saber como identificar o perfil de cada cliente da loja? Acesse:

https://www.mapadaobra.com.br/gestao/como-atender-diferentes-tipos-de-clientes/

 

 

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quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Dicas econômicas para sua loja em tempos de pandemia

O varejo de materiais de construção tem sofrido com as consequências dos efeitos da pandemia, pois é um setor que depende muito da expectativa e confiança das pessoas. Em uma situação de crise e perda de empregos, é natural que investimentos no setor construtivo, em novas obras e, até mesmo, em pequenas reformas, sejam adiados, tendo em vista que oneram a compra de materiais e a contratação de profissionais. Por isso, a necessidade de economia nestes tempos desafiadores tem sido um fator primordial para que as lojas de materiais mantenham suas contas equilibradas.

Para que as lojas de materiais de construção consigam se manter ativas e crescentes em meio a essa situação atípica foram necessárias algumas reestruturações e adaptações, tanto para o público que frequenta quanto para os funcionários. Para enfrentar as dificuldades que surgiram, os lojistas  precisam estar preparados para garantir o melhor atendimento e conforto aos seus clientes. De acordo com Reinaldo Pedro Correa, presidente do Sincomavi-SP, dentro das restrições estabelecidas pelos governos em seus âmbitos municipal e estadual, o atendimento não está como antes da pandemia.

 

Dicas econômicas: ações voltadas para os compromissos

Muitos lojistas tiveram dificuldades para realizar os pagamentos de seus funcionários e fornecedores, e também, para obtenção de crédito no mercado financeiro, o que tem prejudicado o avanço do setor e, principalmente, a reestruturação de pequenos e médios empresários. Para o representante do Sincomavi-SP, nesse momento, qualquer tipo de ação do lojista estava e está totalmente voltada para cumprir com os seus compromissos principais que são as contas de aluguel, água e luz, além de qualquer ação de marketing e divulgação ou promoção, que também são ações bem-vindas agora. Confira abaixo algumas dicas econômicas para a sua loja enfrentar esse período:

1- Solicitação de prorrogação de títulos junto aos fornecedores;

2- Manter sempre o caixa positivo em caso de imprevistos;

3- Comprar apenas o suficiente para as vendas de materiais;

4- Procurar sempre os fornecedores que disponibilizam descontos;

5- Não comprar mais material do que o necessário para a manutenção.

 

Dificuldades e aprendizados em tempos de crise

Para Alexandre Suguiura, diretor do Depósito de Materiais para Construção Irmãos Suguiura, muitas foram as dificuldades enfrentadas nos últimos meses, entre elas, a preocupação com a saúde dos funcionários e clientes, dificuldade financeira (para pagar funcionários e fornecedores), falta de mercadorias e burocracias operacionais. Porém, muitos foram os aprendizados também. Um dos mais importantes deles está a necessidade de manter sempre caixa positivo para possíveis imprevistos, pensando que alguns gastos, como luz e água, são inevitáveis para a loja que precisa se manter aberta. “O setor de material de construção é extremamente essencial para o dia a dia das pessoas”, destaca.

Ainda de acordo com Reinaldo, é preciso ter atenção para alguns pontos como, por exemplo, não estocar mais produtos do que o necessário e também manter a preocupação com o público sempre “fidelizando os clientes da loja ainda mais com atendimento, mercadoria necessária aos anseios dos mesmos e preço, cortando as despesas supérfluas”, orienta.

 

Veja como implementar as redes sociais na sua loja e dar um passo extremamente importante na sua jornada digital: https://www.mapadaobra.com.br/gestao/redes-sociais-dicas/

 

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terça-feira, 15 de setembro de 2020

Passo a passo da concretagem estrutural

A concretagem estrutural é um processo que pode ser executado rapidamente, contudo, é um dos eventos que mais merece atenção dos envolvidos. Como se tem muitas especificidades no processo, não apenas durante, mas como também anteriormente à sua execução assim como na pós concretagem, é importante que se tenha um profissional tecnicamente habilitado acompanhando-o.

De acordo com a professora e coordenadora do curso de Engenharia Civil da Uninove, Larissa Regina Gonçalves J. de Oliveira, é muito importante também que seja realizado previamente o planejamento de concretagem de forma a evitar as denominadas “juntas frias“. Determinando a sequência de concretagem no dia e, para tal, faz-se também fundamental ter previamente definidos os equipamentos que serão necessários para a realização da concretagem: se serão utilizadas gruas para auxílio da concretagem ou bombas, e determinar quais tipos de bombas e bombeamento. [confira mais detalhes sobre bombeamento de concreto]

Processo de concretagem e montagem de fôrmas

Ainda segundo a docente, o início do processo de concretagem se dá com a montagem das formas no canteiro de obras que, comumente, são utilizadas em madeira. Existem formas específicas dependendo da quantidade de vezes que ela foi utilizada anteriormente, portanto, não se deve usar qualquer tipo de madeira, principalmente, devido à absorção d’água que estas fazem do concreto.  A montagem das fôrmas de lajes, vigas e pilares também deve obedecer a um projeto específico estrutural. “Além das formas é importante que as armaduras (aço) estejam devidamente posicionadas em seus respectivos elementos estruturais; estas também balizadas pelo respectivo projeto estrutural”, ressalta.

É importante citar que, normalmente, não é recomendável que se faça concretagem de lajes, vigas e pilares no mesmo dia. Deve-se respeitar um ciclo mínimo de amadurecimento do concreto e, o que eventualmente se pratica é que lajes e vigas sejam concretadas em um só ciclo, enquanto pilares em outro momento. Um prazo “padrão” que se utiliza é de 7 dias por ciclo de pavimento (pilares e lajes e vigas concretados ao total em 7 dias até se concretar o próximo pavimento). Durante o processo de concretagem estrutural é importante considerar alguns pontos para garantir que a mesma seja executada corretamente.

Confira abaixo o passo a passo para garantir o sucesso da concretagem estrutural:

Previamente a concretagem

Deve-se assegurar que formas e armaduras estejam devidamente posicionadas assim como as instalações estejam embutidas (elétricas e/ou shafts hidráulicos), ou seja, deve-se conferir que os projetos envolvidos das diversas disciplinas executivas tenham sido seguidos à risca. Assegura-se também a limpeza das formas, eliminando serragens e/ou quaisquer elementos que não sejam parte integrante do elemento estrutural.

Durante a concretagem 

É importante garantir a qualidade do material recebido (no caso de concreto usinado), e, para tal, se faz importante assegurar: que o caminhão betoneira esteja lacrado quando na chegada à obra; verificar se o tempo da saída da usina até o fim da peça concretada com aquele caminhão betoneira não exceda 2 horas e 30 minutos; garantir que o material comprado seja o mesmo que consta na especificação recebida (conferência da nota fiscal x solicitação de compra), principalmente quanto ao fck; garantir que a consistência do concreto esteja de acordo com o projeto (por meio do slump test);  coletar os corpos de prova para realizar os ensaios mínimos de resistência para rompimento futuro (aos 7, 28 e/ou aos 63 dias).

Após a concretagem

É muito importante garantir a cura úmida do concreto no prazo recomendável (normalmente, não menos que 48 horas a 72 horas) e assegurar que não sejam colocados grandes carregamentos sob os elementos recém concretados. Deve-se seguir com as retiradas de escoras e/ou mantê-las conforme orienta o referido projeto: algumas escoras são retiradas aos 7 dias e outras se mantém por 28 dias. Na retirada das fôrmas deve-se ter atenção à forma de execução desta, de modo que não agrida não apenas as formas (que, normalmente, são reaproveitadas em próximos pavimentos da mesma obra), mas também, ao próprio elemento estrutural em si.

 

Mapeamento e rastreabilidade do concreto

No lançamento do concreto é imprescindível que o mesmo seja mapeado para garantir a rastreabilidade de cada caminhão betoneira (de cada nota fiscal) aos respectivos locais de aplicação (sejam lajes, vigas e/ou pilares). Esta rastreabilidade é fundamental para que futuramente, caso seja detectado que aos 28 dias um concreto não obteve a resistência mínima esperada, sejamos assertivos junto ao projetista estrutural na tomada de decisão e, até mesmo, para condenar ou não uma estrutura total ou parcialmente. Outro ponto importante para garantir que não surjam problemas como, por exemplo, deformações na estrutura ou problemas com patologias no futuro, é que se tenha a supervisão de um profissional qualificado e o acompanhamento dos resultados dos testes executados em laboratório.

 

Quer saber mais sobre a durabilidade das estruturas de concreto? Confira em nosso Papo Construtivo: https://www.mapadaobra.com.br/papoconstrutivo/estruturas-de-concreto/

Conteúdo realizado em parceria com a professora e coordenadora do curso de Engenharia Civil da Uninove, Larissa Regina Gonçalves J. de Oliveira.

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segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Comércio eletrônico: o que sua loja precisa saber

Antes da pandemia, a penetração das empresas no comércio eletrônico era de apenas 6%. Com o surgimento da pandemia e a necessidade de isolamento social, muitos consumidores começaram e ter uma mudança de comportamento, dando preferência para compras on-line, e os lojistas de materiais de construção podem aproveitar essa oportunidade para aumentar as vendas com ajuda do comércio eletrônico.

Com isso, de acordo com pesquisa realizada recentemente pela Ebit/Nielsen, o comércio eletrônico teve um crescimento de 47% em relação à primeira metade de 2019 e o faturamento foi de R$ 38,8 bilhões. O comércio eletrônico nada mais é do que uma loja on-line que disponibiliza um catálogo de produtos e um processo de vendas integrado com o estoque, possibilitando diversas formas de pagamento para o consumidor, tudo através da internet, além de possuir outras funcionalidades para oferecer maior facilidade e conforto para a compra do cliente.

Ainda segundo a pesquisa, os marketplaces registraram 78% de participação no faturamento total do comércio eletrônico, contabilizando o montante de R$ 30 bilhões nos seis primeiros meses de 2020, um crescimento de 56% sobre o mesmo período de 2019. Além disso, devido ao atual cenário de isolamento, cerca de 7,3 milhões de pessoas compraram pela primeira vez através da internet, o que representa um aumento de 40% no número de consumidores on-line no primeiro semestre do ano, totalizando 41 milhões de brasileiros.

Para Vitor Magnani, presidente da Associação Brasileira Online to Offline, o maior desafio é a adaptação operacional e não o uso da tecnologia em si. As operações envolvem atendimento e comunicação com o consumidor. “No físico, por exemplo, você pode ouvir uma pessoa nas ruas e entrar em uma loja, será atendido por um vendedor e pegará o produto na hora. Quem te atrai ali é o vendedor. No digital, você prepara a sua comunicação para os consumidores que estão navegando na internet”, ressalta. Ainda de acordo com ele, outro ponto de atenção é o prazo de entrega. Quanto mais rápida e eficiente ela for, mais chances do cliente voltar a comprar. “Além disso, quanto mais personalizado o atendimento, melhor será o retorno para o empreendedor”, complementa.

 

 

Como iniciar um e-commerce e se adaptar às novas tecnologias

Para iniciar nesse universo e começar a testar algumas das novas tecnologias, como o contato com o consumidor através do WhatsApp, é fundamental ter atenção com a forma de se comunicar, antes mesmo de começar a utilizar algum recurso financeiro. Já para iniciar um e-commerce próprio, será preciso dispor de um investimento para criação da plataforma especializada. Para dar início a uma loja on-line, é preciso ter atenção a alguns pontos como, o controle de estoque, a logística bem integrada e organizada, além de também estabelecer uma plataforma de comunicação e ferramentas de vendas on-line eficientes e integradas com outras redes da loja como mencionado anteriormente.
Outra forma de vender de forma online sem precisar abrir um e-commerce do zero é apostar em grandes marketplaces, bem como lojas do varejo maiores que oferecem o seu espaço para que os pequenos lojistas que ainda não possuem loja virtual possam ter um alcance de vendas maior com os seus produtos. Quando se fala no quesito tecnologia e inovação, principalmente, as pequenas lojas de bairros ainda estão engatinhando e para reverter esse quadro, é muito importante investimentos em cursos e capacitação tanto do gerente quanto do vendedor da loja de materiais de construção.

É importante destacar também que quando falamos de vendas on-line não se trata apenas de iniciativas que necessitem de recursos financeiros para serem implementadas na loja. Atualmente, existem diversas plataformas que oferecem cursos de capacitação gratuitos que podem ajudar o lojista a ter maior conhecimento sobre vendas on-line, técnicas de marketing e comunicação que podem auxiliar no aumento das vendas. Com os impactos do Coronavírus, muitos empresários do setor estão repensando os seus modelos de negócios para implementar novas formas de vender seus produtos, seja por meio de vendas via e-commerce, redes sociais como Facebook, Instagram e, principalmente, através de ferramentas como o  WhatsApp, que são formas fáceis de gerar proximidade entre a loja e o consumidor.

Para finalizar, Magnani esclarece que o caminho mais rápido para gerar faturamento em curto prazo são as plataformas digitais e que todo o empreendedor deve pensar em dois aspectos antes de escolher a melhor plataforma para começar no comércio eletrônico: tecnologia e adaptações operacionais. “A grande diferença é que a plataforma digital já entrega os consumidores para o empreendedor. Já para montar um site, ele vai precisar investir em tráfego para ser pesquisado e o consumidor achá-lo”, finaliza.

 

 

Quer saber mais sobre como aplicar a curva ABC em sua loja? Acesse:

 

Curva ABC: descubra como os preços de produtos impactam os resultados da sua loja

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quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Casa Verde e Amarela: é a vez do Norte e do Nordeste?

Após dois anos de bastante incerteza e alguns atrasos nos repasses para as verbas para o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), o Governo Federal lançou no final do mês de agosto, o programa que deve substituí-lo. Nomeado de “Casa Verde e Amarela”, o programa do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) chega trazendo novidades significativas para as construtoras e também para quem deseja comprar um imóvel.

A primeira delas é a questão das modalidades atendidas: agora será possível dispor de uma verba para realizar a regularização fundiária também, além dos subsídios já praticados no MCMV e dos financiamentos. Outro benefício do programa está ligado à taxa de juros que será praticada na região Norte e Nordeste do país, que cai de 4,75% para 4,25%. A redução significativa dessas taxas para essas regiões deve possibilitar que um público mais carente consiga obter seu primeiro imóvel, contribuindo para a redução do déficit habitacional no Brasil.

“É um grande incentivo e uma prova de que pode haver uma maior eficiência na repaginação do programa, vez que o público alvo dessas regiões possui renda inferior à média nacional. A construção civil aguardava uma posição sobre a continuidade do programa e, sem dúvidas, essa novidade movimentará a economia do estado. Além disso, são mais de 1 milhão de pessoas que estavam fora do sistema de financiamento habitacional na regra antiga e que agora estarão inseridas por causa da taxa diferenciada”, destaca Dra. Iones Feitosa, diretora da Comissão de Habitação de Interesse Social (CHIS) do Sinduscon-AM.

Utilizando recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), o programa deve disponibilizar verbas para a construção ainda este ano. Vale ressaltar que o FGTS permanece sendo a maior fonte para financiamentos e há receio do que acontecerá com ele, futuramente, considerando que o recurso tem sido utilizado para outras finalidades e também, é afetado na medida em que o emprego com carteira assinada diminui. “Os economistas sempre olham para o futuro com muita desconfiança, porque em via de regra, a conta não fecha. As necessidades humanas são maiores do que as capacidades e recursos disponíveis. Mas ao olhar ao longo do tempo, considerando a população econômica ativa hoje, trabalhando com renda, se fizermos qualquer projeção futura você verá que o FGTS não vai dar conta disso. Nós temos que fazer com que a economia volte a contratar, tenhamos distribuição de renda e trabalho, aí volta o FGTS depositado e retroalimentamos o processo”, acredita Waldir Abreu, superintendente da ANAMACO.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), o MCMV representou 81% dos lançamentos nos últimos 12 meses encerrados em maio de 2020 e 74% das vendas no mesmo período. Tal levantamento evidencia a importância do programa habitacional para o desenvolvimento do mercado imobiliário como um todo. Com o anúncio do Casa Verde e Amarela, a expectativa das entidades e também das construtoras que atuam na concepção de imóveis econômicos para habitação de interesse social está sendo bastante positiva. “A MRV enxerga com muito otimismo esta nova proposta de Governo Federal, o programa ajudará ainda mais o desenvolvimento e investimento no setor. Com um novo modelo para o programa de moradia, a expectativa é a redução do déficit habitacional, além de geração de renda e emprego através da construção civil. Sabemos que com a redução da taxa de juros em até 0,5%, as condições para a conquista da casa própria estarão ainda mais acessíveis para famílias que possuem renda até R$ 2 mil. Dessa forma, dando oportunidades a um segmento da população que realmente precisa dessa ajuda”, destaca Rafael Menin, presidente da MRV.

 

Casa Verde e Amarela no Norte e no Nordeste

“Desde 2016 não houve contratação de obras novas de habitação para baixa renda. Apenas obras que estavam com projetos aprovados ou em continuidade, daqueles em andamento. Houveram atrasos nos pagamentos, dificuldades na liberação de recursos e, em razão disso, muitas obras paralisadas e algumas abandonadas, fazendo com que muitos construtores ficassem prejudicados”, revela Iones Feitosa, que representa o estado do Amazonas nesta reportagem.

Compreendendo a necessidade de auxiliar de forma mais intensa a compra e venda de imóveis para a população de baixa renda nas regiões Norte e Nordeste do país, o Casa Verde e Amarela praticará taxas de juros a partir de 4,25% ao ano para esse público que compõe o Grupo 1 (com renda mensal de até R$ 2.000,00). Albanio Ferreira do Nascimento, diretor da unidade regional Sertão do São Francisco da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) e diretor técnico do Grupo Venâncio, que realiza obras em Petrolina (PE), acredita que o foco do programa nas regiões deve auxiliar o público mais carente a conquistar sua moradia, além de ser positivo para os empresários. “Estou muito esperançoso. Acredito que nós, construtores, temos um papel fundamental para o desenvolvimento do país e um papel social importantíssimo para a geração de emprego”, destaca.

Já Waldir Abreu, da ANAMACO, acredita que a decisão de incentivo para essas regiões é positiva também para reduzir algumas barreiras que existem no início da construção, como a aquisição de terrenos em regiões metropolitanas. “Não é por acaso que a ênfase é maior no Norte e no Nordeste. Se você tentar fazer um programa desses para essas faixas de renda em centros habitacionais mais desenvolvidos, o problema que a construtora tem na largada é não ter terreno barato para comprar e fazer essa implementação. Então, é natural que isso saia do Sul e do Sudeste e vá para o Norte e o Nordeste, locais em que existe grande carência habitacional”, destaca o representante da entidade nacional que atua com o varejo de materiais de construção e que também vê como positiva a criação deste programa, tendo em vista que deve movimentar também a área de reformas e, consequentemente, injetar mais recursos nas lojas de materiais de construção.

 

Casa Verde e Amarela na prática

De acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), o Programa Casa Verde e Amarela pretende facilitar o acesso da população a uma moradia digna, garantindo mais qualidade de vida. A publicação no Ministério defende que, a partir de medidas que darão mais eficiência à aplicação dos recursos, a meta é atender 1,6 milhão de famílias de baixa renda com o financiamento habitacional até 2024, um incremento de 350 mil. “Isso será possível com a redução na taxa de juros para a menor da história do FGTS e mudanças na remuneração do agente financeiro”.

“O Brasil tem um déficit habitacional de 7,8 milhões de moradias, sendo que 91% impacta a população com renda de até três salários mínimos. A região Nordeste, por exemplo, sofre com a falta de 2 milhões de moradias. O Casa Verde e Amarela chega, portanto, como um importante reforço na política habitacional voltada para a população mais pobre. O programa mostra, ainda, que é absolutamente viável reduzir os juros do financiamento imobiliário no Brasil”, afirma Luiz Antonio França, presidente da Abrainc.

As regiões Norte e Nordeste serão contempladas com a redução nas taxas em até 0,5 ponto percentual para famílias com renda de até R$ 2 mil mensais e 0,25 para quem ganha entre R$ 2 mil e R$ 2,6 mil. Nessas localidades, os juros poderão chegar a 4,25% ao ano para cotistas do FGTS e, nas demais regiões, a 4,5%. “É importante que o Governo Federal possa ver o Norte e o Nordeste com olhar mais regional. É o que se espera das adequações do programa, pois a maior dificuldade que os construtores tiveram na execução deste no Norte foram as regras a serem balizadas por outras regiões como Sul e Sudeste, sem considerar a logística e as condições ambientais da nossa região que são a causa de muitos atrasos e ineficiência do programa”, destaca a representante do Sinduscon-AM.

 

Entenda o que muda: MCMV x Casa Verde e Amarela

Minha Casa Minha Vida
Faixa Faixa de Renda Modalidades de atendimento
Faixa 1 Até R$ 1.800,00 Produção Subsidiada
Faixa 1,5 Até R$ 2.600,00 Produção Financiada
Faixa 2 Até R$ 4.000,00
Faixa 3 Entre R$ 4.000,00 e R$ 7.000,00

 

Casa Verde e Amarela
Grupo Faixa de renda Modalidades de atendimento
Grupo 1 R$ 2.000,00 Produção Subsidiada; Regularização fundiária; Melhoria habitacional e Regularização fundiária; Produção Financiada
Grupo 2 Entre R$ 2.000,00 e R$ 4.000,00 Produção Financiada e Regularização fundiária (até R$ 5.000,00)
Grupo 3 Entre R$ 4.000,00 e R$ 7.000,00

 

O programa atuará também com a regularização fundiária e melhoria de residências, enfrentando problemas de inadequações, como falta de banheiro, por exemplo. A meta é regularizar 2 milhões de moradias e promover melhorias em 400 mil até 2024.

 

 

Confira também o projeto da CBIC para novas tecnologias na construção civil até 2030: https://www.mapadaobra.com.br/inovacao/cbic-2030/ 

 

 

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quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Promoção x Desconto: descubra a melhor opção para sua loja

Uma loja de materiais de construção precisa se manter atrativa para os clientes, tanto para engajar os atuais quanto para atrair os potenciais consumidores. Para isso, é muito importante criar estratégias que tragam mais visibilidade para o lojista, seja por meio do oferecimento de descontos ou em ações promocionais.

Antes de criar uma campanha de desconto ou promoção, é  muito importante elaborar um planejamento tendo em vista os principais objetivos a serem alcançados e, com isso, determinar quais serão as ações necessárias para se chegar ao resultado planejado. Vale destacar que também é fundamental entender quais as ações que fazem mais sentido para a loja, considerando o perfil do seu público.

De acordo com Felipe Chiconato, consultor financeiro e de negócios, existem algumas diferenças entre a promoção e o desconto que precisam ser levadas em consideração antes de elaborar uma estratégia nesse sentido. A promoção é o ato de promover, ou seja, de divulgar, fazer-se notar, aparecer, intuído de tornar conhecido e/ou aumentar as vendas. Já o desconto, é quando abaixamos o preço de um produto e estamos diminuindo a percepção de valor dele pelo cliente. “Sabe aquela promoção que dura mais de um mês, às vezes o semestre, já não é mais promoção, e sim, preço!”, alerta.

 

Promoção vs Desconto: entenda as diferenças

Ainda de acordo Chiconato, é muito importante ter atenção na hora de criar uma campanha e não confundir os dois, achando que promoção é dar desconto. “O processo para ter o desconto precisa está condicionado a uma relação de troca, de um alcance de objetivos”, ressalta.  Veja as exemplificações abaixo:

  1. Fornecer o desconto a partir de x unidades compradas: o objetivo é vender um volume mínimo de unidades do produto para o cliente;
  2. Fornecer o desconto conforme o meio de pagamento: normalmente, o meio cartão de crédito é o mais caro, ou parcelado. Se o pagamento for à vista é possível pensar em alternativas de descontos. A conta só não pode sair mais cara que o que você perderia com a venda parcelada;
  3. Montagem de kits: essa solução é normalmente utilizada para introdução de algum novo produto ou para limpar estoques de produtos de baixo giro.

 

Confira 5 estratégias para aplicar desconto na sua loja

1° – Vale-compra (crédito) para a próxima compra, pois a ideia aqui é diluir o desconto em duas compras;

2° – Produto adicional que agregue o contexto do outro produto, não custe muito para a loja e tenha baixo giro de venda. Neste caso, o cliente vê o preço de venda do produto e para você, o custo é menor do que essa percepção;

3° – Cartão fidelidade: a cada 10 compras, por exemplo, a 11° é grátis;

4° – Convênio com outras empresas e parcerias que possam fortalecer as duas empresas;

5° – Desconto financeiro: o conselho de Chiconato é que esta seja a última opção, lembrando que deve condicionar isso ao meio de recebimento, e este desconto não pode ser maior que a taxa da sua pior opção. “Por exemplo, se sua taxa de cobrança de crédito é 3%, você poderá dar este valor no desconto ou menos para quem pagar em dinheiro”, explica.

 

Bônus: cuidado com a palavra à vista

Outro ponto importante destacado pelo consultor é tomar muito cuidado quando for divulgar a campanha com o termo “à vista”. Pois, para o cliente, o crédito para trinta dias é uma forma de pagamento à vista. Para evitar essa interpretação, especifique a forma de recebimento comunicando e dizendo “em dinheiro”. “Se o desconto monetário vier muito fácil, você passa uma mensagem que o produto não vale aquilo que você está cobrando”, alerta. Portanto, é muito importante criar uma estratégia assertiva contemplando todos os pontos já listados aqui e seguir firme a fim de alcançar os  melhores resultados.

 

A formação de preços dos produtos na loja de materiais de construção também é um ponto fundamental na hora de criar uma promoção ou dar desconto. Ela deve ser feita sempre com muita cautela e planejamento, até para garantir o lucro sobre  as vendas de produtos.

Quer saber mais sobre formação de preços? Acesse e confira:

https://www.mapadaobra.com.br/gestao/vendas-material-construcao/

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terça-feira, 8 de setembro de 2020

Conforto térmico e acústico: necessidades dos apartamentos

Alguns quesitos como conforto térmico e acústico são características indispensáveis que devem ser analisadas pelo consumidor ao realizar a compra de um imóvel e que garantem, além da estabilidade, higiene, acessibilidade e, principalmente, a segurança estrutural e contra incêndios. Esses são itens de análise fundamentais quando se adquire um imóvel, seja para moradia ou para investimento, e nenhuma decisão de compra deve ser tomada sem antes considerá-los.

De acordo com o pesquisador Cláudio Vicente Mitidieri Filho, do Laboratório de Componentes e Sistemas Construtivos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), as exigências de segurança incluem os aspectos de desempenho estrutural ou de segurança no uso e ocupação, por exemplo. Nos aspectos de desempenho estrutural estão incluídas as abordagens de segurança estrutural propriamente dita, considerando o estado limite último dos sistemas que compõem a edificação, bem como aspectos de comportamento a esforços mecânicos e as limitações correspondentes ao estado limite de serviço ou de utilização.

Nas exigências de segurança ao fogo, por exemplo, são considerados aspectos de resistência ao fogo dos elementos construtivos e de reação ao fogo dos materiais de construção. Já nas exigências de habitabilidade, são abordados aspectos de estanqueidade à água de fachadas, pisos e coberturas, considerando tanto água de chuva, como água de uso e lavagem dos ambientes. Outro ponto muito importante, principalmente, para quem passa mais tempo em casa, é a questão da temperatura ambiente. No âmbito do desempenho térmico, é preciso considerar sistemas de vedação e de cobertura, bem como o comportamento da edificação como um todo. “Também são considerados aspectos de desempenho acústico, tanto de isolação a ruídos aéreos, internos e externos, como de isolação a ruídos de impactos em pisos”, destaca Mitidieri.

Na norma ABNT NBR 15575:2013 – Edificações habitacionais: desempenho, são abordados aspectos de desempenho lumínico da edificação, dentre outros. Nas exigências de durabilidade são levantados aspectos referentes à vida útil da edificação e de seus sistemas, bem como aspectos de manutenção e aspectos ambientais. “É uma abordagem bastante ampla da edificação habitacional, à luz do conceito de desempenho, considerando as exigências do usuário ou do uso previsto para os sistemas”, complementa o pesquisador. A norma de desempenho traz aspectos aplicados à edificação como um todo e às suas partes, como a estrutura, os sistemas de vedação, aos sistemas de pisos, de coberturas e aos sistemas prediais, em especial de água e esgoto.

 

Conforto térmico e acústico: aplicação do conceito de desempenho na habitação

Para Mitidieri, a norma é bastante ampla e seria muito difícil resumir os requisitos e critérios de desempenho em poucas palavras. Tais requisitos e critérios abrangem alguns grandes grupos de exigências: de segurança, de habitabilidade e de durabilidade. Ainda de acordo com o pesquisador, antes de qualquer coisa, é importante ressaltar que a ABNT NBR 15575:2013, conhecida como norma de desempenho, apesar de ter sido publicada em 2013, tem sido alvo de debates na comissão de estudos desde 2001.

Na realidade, os primeiros estudos no Brasil, sobre a aplicação do conceito de desempenho na habitação, foram desenvolvidos por equipes do IPT desde o final da década de 1970, com o primeiro conjunto de requisitos, critérios e métodos de avaliação publicados no início da década de 1980, aplicados à época para edificações térreas, que eram o grande foco das inovações na construção de unidades habitacionais de interesse social. “O conceito evoluiu ao longo dos anos e sua aplicação também, até que foi publicada a ABNT NBR 15575, em sua última versão de 2013, abrangendo edificações habitacionais de forma geral”, destaca.

 

A Norma de Desempenho traz requisitos que devem ser cumpridos para garantir conforto acústico e térmico nos apartamentos residenciais. Descubra no Papo Construtivo tudo sobre ela:

https://www.mapadaobra.com.br/papoconstrutivo/norma-de-desempenho/

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Como Ganhar Dinheiro Vendendo Bolinho de Bacalhau

Como ganhar dinheiro vendendo bolinho de bacalhau Nosso assunto de hoje é como ganhar dinheiro vendendo bolinho de bacalhau, uma chance de montar um negócio próprio que muitas vezes as pessoas não percebem o potencial que tem. As oportunidades para ganhar dinheiro com a venda de bolinho de bacalhau, são as mais variadas possíveis já […]

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domingo, 6 de setembro de 2020

Como especificar concreto para calçadas

A especificação de concreto para calçadas depende não apenas das dimensões da calçada, mas também da “taxa de tráfego” seja de pedestres ou de carros. As calçadas e vias de maior fluxo não são constituídas obrigatoriamente por concreto, no entanto, o traço, ou seja, a proporção de materiais, bem como a resistência mínima característica (Fck) do concreto, dependerão deste fluxo de transeuntes e de toda a carga direcionada sobre tal elemento.

Portanto, deve-se também levar em consideração as regulamentações locais para calçadas, quando estas existirem. De acordo com a Secretaria Municipal da Cidade de São Paulo, alguns pontos precisam ser observados e também algumas diretrizes para a especificação de calçadas, tanto da execução quanto dos tipos de materiais utilizados, bem como quesitos relacionados ao dimensionamento, conforme orientações contidas no documento PMSP – Configuração das calçadas de acordo com o tipo de via.

Segundo a professora Larissa Regina Gonçalves J. de Oliveira, do curso Engenharia Civil da Uninove, tomando-se como exemplo estas próprias especificações técnicas e, balizando-se também pelas premissas elementares estruturais da NBR 6118 – Estruturas de Concreto Armado – Procedimento, é indicado adotar os seguintes requisitos mínimos para se orientar nos casos de concreto moldado in loco aplicado em calçadas:

 

  • Resistência à compressão: mínima de fck 25 MPa;
  • Espessura: 7 cm;
  • Acabamento superficial: diversidade de texturas e cores;
  • Armadura: telas de aço soldadas;
  • Base: terra compactada com camada separadora de brita.

 

Ainda de acordo com a docente da Uninove, o concreto também pode receber um acabamento diferenciado e  ser do tipo “vassourado” ou também receber estampas coloridas. “Neste caso, o piso recebe um tratamento superficial, executado no mesmo instante em que é feita a concretagem do pavimento, enquanto o concreto ainda não atingiu início de pega”, ressalta. Como a resistência mínima deve ser de 25 MPa, deve-se tomar cuidado quanto ao recolhimento dos corpos de prova quanto no momento da concretagem para ruptura futura (aos 28 dias) e assim assegurar-se de que esta recomendação mínima estrutural fora atendida. Além das recomendações específicas supracitadas, qualquer calçada deve conter algumas determinações (PMSP, 2019):

 

  • A superfície deve ser regular e contínua, além de ter firmeza e ser antiderrapante sob qualquer condição climática;
  • Devem ser evitadas quaisquer desníveis ou inclinações que dificultem a circulação dos pedestres;
  • É importante manter a concordância entre os níveis das calçadas já executadas entre vizinhos, desde que elas também estejam em conformidade com as orientações descritas previamente;
  • O piso construído na calçada não deve obstruir tampas de concessionárias (água, telefonia e esgoto) e nem formar degraus ou ressaltos com elas a fim de dificultar a manutenção;
  • As calçadas executadas e conservadas de maneira adequada para garantir a segurança e acessibilidade para todos os cidadãos.

 

Para a docente, mesmo sendo uma “simples calçada” como o senso comum pode acreditar, dependendo das dimensões e do uso é bem importante que se tenha um projeto balizador ao qual contenha o detalhamento e as especificações técnicas necessárias, além do próprio traço (proporção dos agregados em relação ao cimento utilizado assim como do fator água/cimento do concreto) para que se obtenha êxito e coerência no produto final em consonância com as caraterísticas e requisitos já citados anteriormente.

Sobre a execução de calçadas e aplicação do concreto é recomendável também que sejam seguidas as principais normas correlatas de acessibilidade quanto à inclinação das calçadas (quando existir) e sinalizações necessárias (NBR’s 9050 e 16537) para que se tenha um projeto coerente com todas as premissas de segurança e acessibilidade. “Por último, mas não menos importante, a presença de um profissional técnico habilitado se faz importante no acompanhamento assim como no projeto de uma calçada, mediante a todos os fatores acima mencionados”, finaliza.

 

Normas correlacionadas:

 

  • NBR 5738 – Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova;
  • NBR 7203 – Determinação do abatimento de tronco de cone;
  • NBR 12655 – Concreto – Preparo, controle e recebimento;
  • NBR 6118 – Estruturas de Concreto Armado – Procedimento;
  • NBR 16537 -Acessibilidade — Sinalização tátil no piso —Diretrizes para elaboração de projetos e instalação.
  • NBR 9050 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.

Não perca tempo e solicite o concreto para a sua calçada de forma simples e rápida: https://www.engemix.com.br/solicite-um-orcamento/

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quarta-feira, 2 de setembro de 2020

3 estratégias digitais para a sua loja de materiais de construção

Seja no segmento de materiais de construção ou em qualquer outro, as consequências causadas pela pandemia têm apresentado grandes dificuldades de adaptação para vários setores. Por se tratar de uma situação completamente nova tanto para os grandes varejos quanto para as pequenas lojas de materiais de construção, muitas companhias precisaram se reinventar e adotar estratégias digitais diferenciadas para melhorar seus resultados.

Uma das certezas trazidas pela pandemia é que para se recuperar da crise e se destacar no meio de tantas incertezas, o lojista de materiais de construção precisa investir em novas estratégias digitais e se preparar para o futuro do segmento. Para Marcelo Roffe, diretor Geral da Casa&Construção (C&C), a grande diferença é que por ser considerada parte do varejo de primeira necessidade, o retorno das lojas de material de construção foi mais imediato e a situação foi um pouco menos impactante do que para outros segmentos. “As vendas e os consumidores voltam a frequentar as lojas dia a dia, o que nos deixa mais esperançosos para o segundo semestre”, destaca.

O diretor conta ainda que a empresa já estava se preparando para a modernização do segmento por meio de treinamentos, de implementação de novas ferramentas e processos, e isso continuará, porém, a pandemia serviu de catalisador e alerta: “O fato é que entre os que já estavam se preparando e os que vão ter que aprender a se adaptar, quem sai ganhando mesmo é o cliente. Ele já vem exigindo esse upgrade faz algum tempo, demonstrando isso”, ressalta.

 

Estratégias digitais: lições da pandemia

Entre as principais lições para o segmento de materiais de construção está a necessidade de se adaptar aos novos canais digitais. No caso da C&C, a estratégia “omnicanal” já estava bem adiantada, com o pensamento focado nos principais pontos de contato com o consumidor. “Então, durante o início da quarentena aparamos algumas arestas do que já vínhamos trabalhando, como a ampliação da estrutura do e-commerce e televendas”, destaca. Confira abaixo as três principais estratégias utilizadas pela loja nos canais digitais:

 

  1. O Retiraloja, onde a compra é feita pelo site e a retirada na loja. “Esse projeto passou a ter cada vez mais aceitação e aceleramos outras ações voltadas para o ambiente digital”, destaca Roffe;
  2. Efetivação do WhatsApp como ferramenta de vendas e contato entre os clientes e as lojas, fortalecendo ainda mais a integração entre os canais;
  3. O drive-thru em algumas das unidades da C&C para facilitar a retirada do produto, onde o cliente não precisa nem sair do carro para a retirada do mesmo.

 

O varejo como um todo precisou se reinventar ou acelerar alguns pontos, priorizando a experiência com o cliente. “Hoje podemos afirmar que estamos preparados para atender nossos clientes, seja qual for o canal: lojas físicas, totalmente adaptadas e preparadas para um atendimento seguro; o e-commerce; as televendas; e o WhatsApp”, destaca o representante da rede.

 

O futuro pautado na flexibilidade e o equilíbrio

As mudanças que surgiram nos últimos meses vieram para ficar e, cada vez mais, os lojistas de materiais de construção terão de ter flexibilidade para se adaptar a elas. Paralelamente, as marcas terão de encontrar novos meios para interagir com os consumidores do segmento, tanto os antigos quanto os novos clientes. “Acredito que não só para o segmento de materiais de construção, mas vale para todos os outros. Muitos tiveram que acelerar em trinta dias o que estavam planejando para os próximos meses ou anos. Outros, que se reinventar completamente”, ressalta Roffe.

Vale destacar que a nova forma de relacionamento com as marcas passa muito pela experiência, pela forma de contato e também, pela interação entre todos os canais. “Quem continuar se preocupando com essas mudanças e procurando escutar e inovar, com certeza saberá sair muito mais forte dessa crise pela qual passamos”, alerta o representante da C&C.  Ainda de acordo com ele, as perspectivas para o próximo semestre são positivas: “de nossa parte esperamos um segundo semestre melhor”, complementa.

Com relação ao próximo semestre, a situação ainda está muito indefinida, porém o acompanhamento das praças onde existem lojas bem como todo o ambiente digital é importante para manter o equilíbrio e lidar com as incertezas sobre o futuro. “Existem algumas projeções e estamos trabalhando com cada uma elas, de acordo as expectativas graduais da melhoria do panorama atual”, finaliza.

 

Se diferenciar da concorrência é fundamental para se destacar tanto no ambiente físico quanto no digital. Quer saber como fazer isso? Acesse e descubra:

https://www.mapadaobra.com.br/gestao/concorrencia-crise/

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terça-feira, 1 de setembro de 2020

Projeto arquitetônico e mudanças pós-pandemia

Algumas tendências que já estavam surgindo na construção civil foram aceleradas com a pandemia. A arquitetura, de forma geral, vem a ser uma janela de oportunidades com relação a todos os outros setores, do residencial unifamiliar ao multifamiliar, todos terão que se adaptar em um futuro próximo, considerando que as pessoas precisarão se adequar a uma nova realidade com as mudanças pós-pandemia e o projeto arquitetônico terá forte participação neste cenário.

Para Davi Brito, do Studio de Arquitetura que leva seu nome e sobrenome, os halls de entrada residenciais, que durante a pandemia passaram a ter a importante função de espaço de transição entre o sujo e o limpo, devem ganhar um redesenho inspirado nos Genkan (halls de entrada das casas japonesas), com armário para os sapatos que vão à rua e fácil acesso a um banheiro que pode até ter máquina de lavar roupas – como é comum em apartamentos pequenos no exterior,  para possibilitar a fácil desinfecção imediatamente após chegar em casa. “As lavanderias comunitárias presentes nos novos lançamentos imobiliários entre 29m² e 40m² devem perder espaço”, ressalta. “Acredito que as pessoas deverão olhar com mais carinho para apartamentos antigos recém-reformados que, mesmo sem áreas comuns com itens como piscina e salão de festas, dispõem de maior área interna, pé direito e generosas janelas e varandas”, ressalta.

 

Projeto arquitetônico: conforto térmico e acústico 

Para Davi, o conforto térmico e acústico são de extrema importância estando diretamente ligados a saúde do morador. “Mesmo com a habilidade de se adaptar às variações sonoras e oscilações térmicas, o corpo humano sofre efeitos colaterais em seu metabolismo, o que se transforma em sintomas como dores de cabeça, irritação, estresse, dificuldade de concentração entre outros”, ressalta. Falando mais especificamente do conforto térmico, ele contribui também para a conservação de energia, evitando desperdícios com aquecimento e refrigeração, o que além de sustentável é altamente desejável financeiramente falando.

Ainda considerando os mini-apartamentos com metragem entre 29m² a 40m², as unidades antigas que dispõem de área de serviço como parte do apartamento serão mais desejadas do que as lançadas recentemente, que deslocaram esse espaço para as área comuns. “Em apartamentos com metragens maiores, a entrada de serviço separada do acesso principal deve voltar a ser objeto de desejo juntamente com halls de entrada que possam ser adaptados aos novos costumes de tirar os sapatos ou de higienizar as mãos ao chegar em casa”, destaca Davi.

Bônus: a importância do conforto nos apartamentos

Para Bruna Araujo, arquiteta de projetos da Consciente Construtora e Incorporadora, os projetos sempre devem contemplar o conceito do conforto, o que se faz, atualmente, é uma adaptação para tirar parte disso por solicitação do cliente. “Agora os clientes ouvirão mais até por conta deles terem notado a importância. O que a pandemia deve mudar é o posicionamento e o olhar do cliente”, destaca. A questão dos preços dos imóveis, segundo Bruna, não devem alterar o custo construtivo. “O que aumenta é a construção como um todo e não o metro quadrado. As pessoas estão ficando cada vez mais em casa, valorizando cada vez mais os espaços internos, então, a relevância de cada ambiente na composição faz ainda mais sentido nesse momento, portanto é preciso ter o conforto mínimo necessário em seus lares”, ressalta a arquiteta. Os consumidores estão dando mais valor para esses espaços e mais importância nos projetos”, complementa.

Quer saber mais sobre a importância do projeto arquitetônico? Acesse:

https://www.mapadaobra.com.br/capacitacao/projeto-arquitetonico/

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