Muitas vezes, a escolha pela moradia se dá pela necessidade de morar mais próximo ao trabalho, diminuindo o tempo gasto em transporte, o que resulta também em um ganho de produtividade do funcionário e essa necessidade ficou ainda mais latente por conta do isolamento social. Durante a pandemia gerada pelo Coronavírus, uma das maiores questões que surgiu foi a importância da moradia, até por conta da necessidade por parte das empresas de migrarem para o regime home office e, com isso, as pessoas passaram mais tempo em casa e começaram a se questionar mais sobre o significado dos seus ambientes domésticos.
De acordo com Pedro Tenório, economista do Grupo ZAP, do ponto de vista financeiro, existe uma conta que compara o valor do imóvel ao fim do financiamento que poderia ser comprado com determinada entrada e prazo, com o patrimônio que o comprador poderia ter acumulado, caso em vez de ter comprado o imóvel, tivesse alugado este mesmo imóvel e tivesse aplicado este dinheiro em algum investimento pelo mesmo prazo. “No contexto de pandemia, as taxas de juros de financiamento imobiliário caíram ainda mais, melhorando as condições de compra de imóveis”, ressalta. Há diversas razões para o consumidor fazer isso (alugar um imóvel mais caro do que o que compraria): localização mais adequada, melhor espaço, incerteza sobre o tempo de permanência etc. “Na mesma linha, caso a hipótese de que o consumidor esteja decidindo sobre alugar ou comprar o mesmo imóvel, há de se pontuar que a poupança suposta na conta estritamente financeira exige disciplina para poupar, conhecimento e tempo para a aplicação do dinheiro”, orienta Tenório.
Do lado do investidor, investimentos na bolsa apresentaram grande volatilidade (risco) e a renda fixa manteve baixas taxas de retorno, melhorando a atratividade relativa da compra de um imóvel para alugá-lo como investimento. “Entretanto, a conta estritamente financeira não conta a história como um todo”, complementa. Confrontados com a escolha entre alugar e comprar, muitas vezes, os consumidores não estão falando de decidir qual transação realizar para um mesmo imóvel, mas sim de escolher entre alugar um imóvel X ou comprar o imóvel Y. “Dessa forma, é comum que o aluguel seja bastante próximo ao financiamento que o consumidor conseguiria arcar, diminuindo a poupança que seria investida”, complementa.
Alugar ou comprar: qual a opção mais viável em tempos de pandemia?
Ainda de acordo com o economista, com a pandemia, o comportamento dos consumidores em relação a ambas as transações responde ao mesmo fator: “tanto compradores quanto locatários querem fugir da situação pandêmica”, ressalta. Contudo, o perfil dos tipos de transações implica em respostas diferentes em como eles respondem à pandemia, conforme aponta a pesquisa realizada pelo Grupo ZAP. Ainda de acordo com a pesquisa, os consumidores que optam pela compra, em sua grande parte procura por espaços maiores, vista e números de ambientes em relação a aluguel de um imóvel. Enquanto para locação, destaca-se a busca por melhor localização, no sentido de estar mais próximo ao trabalho e a comércios e serviços (ou seja, uma busca por independência de transporte público).
Alugar tem um caráter muito menos permanente do que a compra de um imóvel e isso determina os pontos positivos e negativos de cada transação. Dessa maneira, a compra incorre em custos fixos como os de cartório e o tempo com a burocracia, enquanto o aluguel implica em maior incerteza devido à renovação não garantida em três anos (custo de mudança) e também no reajuste pela indexação. “Contudo, o aluguel impõe menos custos, como o de manutenção, enquanto a compra funciona como um investimento que exige menos disciplina financeira e provê redução de incerteza sobre a moradia no futuro”, destaca.
A escolha, no entanto, precisa levar em consideração o planejamento financeiro do comprador ou locatário. O investimento de uma compra exige mais recursos em um primeiro momento, logo na entrada do imóvel, e posteriormente, para arcar com os custos de uma parcela de financiamento (caso a compra não seja à vista). No entanto, o valor pago em um aluguel, apesar de não exigir tanto investimento inicial, é um valor que não é revertido para um investimento, tendo em vista que o dinheiro que está sendo pago não é para algo que será seu futuramente. É preciso considerar a realidade financeira e também as perspectivas de trabalho futuras para qualquer situação, antes de realizar a escolha.
Bônus: medidas da caixa para impulsionar o setor
Com o objetivo de minimizar as consequências negativas para a economia, geradas pela pandemia, e que afetou diversos setores, entre eles o mercado imobiliário e a construção civil, a Caixa Econômica Federal (CEF) resolveu colocar em prática algumas medidas que possam auxiliar os empresários e as construtoras a saírem dessa fase incerta com menos prejuízos. O pacote anunciado pela Caixa Econômica Federal no mês de abril de 2020 é uma iniciativa que possui uma duração de apenas 60 dias, e inclui incorporadoras que ao demonstrarem interesse farão contato diretamente à instituição financeira que possibilitará menores taxas de juros a fim de auxiliar as construtoras e incorporadoras a continuarem suas vendas de imóveis durante esse momento delicado da economia.
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