Comprar uma casa é o sonho da maioria dos brasileiros e como a opção de juntar todo o montante necessário para tal conquista, não é a mais viável para a maioria da demanda, os financiamentos imobiliários são os principais parceiros dessa realização. De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiram R$ 7,78 bilhões em novembro, melhor resultado mensal desde maio de 2015, ou seja, dos últimos 55 meses. Comparado a novembro do ano passado houve crescimento de 59,6%.
Esse resultado positivo somando a queda da taxa Selic, divulgada em dezembro de 2019, para 4,5%, e a redução de juros do crédito imobiliário entre os cinco maiores bancos do país, abrem espaço para um cenário otimista no ano que vem. “Estamos com perspectivas bem otimistas para 2020, já que esse ano apresentou um crescimento bem substancial de financiamentos originários do FGTS + poupança”, declara Felipi Pontual, diretor executivo da Abecip.
Financiamento: entenda os juros baixos
A queda da taxa Selic para 4,5% deve trazer novas perspectivas para os financiamentos imobiliários no Brasil. Isso porque ela influencia diretamente na taxa média de juros das novas operações de financiamento imobiliário para pessoa física com recursos direcionados (FGTS e poupança). De acordo com o relatório “Queda dos juros: os impactos positivos na habitação”, da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), essa taxa atingiu seu patamar mínimo da série histórica do Banco Central de setembro de 2019: 8,65% a.a.
Também houve redução dos juros do crédito imobiliário entre os cinco maiores bancos do país. Depois que a Caixa Econômica Federal diminuiu sua taxa para TR + 6,75%, os bancos privados tomaram providências parecidas. A taxa do Bradesco foi para 7,30%, do Itaú Unibanco para 7,45%, Banco do Brasil e Santander 7,99% – considerando o período de apuração desta matéria.
Segundo Luiz França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), as taxas de juros dos bancos para crédito imobiliário estão no menor patamar histórico e podem cair ainda mais que a Selic em 2020.
Tipos de financiamento para 2020
De acordo com o presidente da Abrainc, atualmente, existe o financiamento bancário por meio do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) com recursos da caderneta de poupança indexados ao TR. “Além do financiamento feito fora do SFH, que é realizado fora de mercado e os indexadores podem ser outros, como IPCA ou IGPM”.
Nesse ano, ainda, a Caixa inovou ao realizar o financiamento via funding poupança com indexador IPCA (produto com grande aceitação no mercado). Agora, o mercado de baixa renda, que responde por 80% de todas as unidades construídas nos últimos anos, depende quase totalmente do FGTS.
Para 2020, França acredita que devido aos juros baixos, os financiamentos fora do SFH devem crescer bastante, a securitização deve aumentar e o financiamento deve ser voltado para o funding de mercado em comparação com os últimos anos. “O financiamento pelo SBPE via IPCA também deve crescer muito, assim como o financiamento com a taxa pré-fixada, que a Caixa deve lançar em 2020”, completa.
O mercado imobiliário deve impulsionar o crescimento da construção? Descubra:
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