De acordo com levantamento realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), as cerca de 4,7 milhões de obras paradas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) já somam R$ 135 bilhões de investimentos, sendo que desse total, R$ 65 bilhões já foram executados.
A CBIC encomendou o estudo “Obras Paralisadas do Programa de Aceleração da Crescimento” à empresa Brain (Bureau de Inteligência Corporativa), correalizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional). Entre os dados apresentados pelo estudo está a informação de que 29,8% das obras paralisadas são de urbanização de assentamentos precários, 22,4% de saneamento e 14,8% de creches e pré-escolas.
“Infelizmente, o Brasil carece de obras de infraestrutura dos mais diferentes tipos: habitação, saneamento, transporte, mas com mais possibilidade de avanço e atendimento de prioridades, a área de saneamento que tem muita carência”, ressalta Carlos Eduardo Lima Jorge, presidente da Comissão de Infraestrutura (Coinfra) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). De acordo com o representante da CBIC, a área de saneamento tem um grande potencial de crescimento porque é um serviço que envolve tarifa e isso facilita muito a composição com o capital privado. “Para o setor de transportes também, há uma grande pressão do agronegócio para uma melhoria na logística de transporte porque isso facilita e barateia os custos para essa área, então, se vê uma grande pressão nesse setor dos diversos modais de transporte, como hidrovias, ferrovias e rodovias”, ressalta Carlos Eduardo Lima Jorge.
Andamento das obras em 2019
No começo de 2019, o novo governo federal apresentou um cronograma para realizar leilões de obras de infraestrutura, como aeroportos. Esses leilões, de acordo com o representante da CBIC, estão ocorrendo. “Foram seis terminais portuários concedidos no Pará, doze aeroportos, seis terminais portuários na Paraíba e mais um em Vitória, entre outros projetos leiloados. Segundo o Ministério da Infraestrutura estão previstos para este ano mais dois leilões de rodovias que são a BR 364 e a BR 365 também”, conta.
Mas, para que a economia fosse movimentada de forma mais rápida, seria necessário que se retomassem as obras paradas. “Fizemos o levantamento pela CBIC das obras paradas do PAC. São obras menores, como creches, escolas, pré-escolas e UBS no Brasil todo, espalhadas por várias regiões. Estamos pedindo para o governo montar uma força tarefa para estudarmos alternativas para retomada dessas obras que teriam um movimento muito rápido de retomada da economia positivamente e geração de emprego imediato”, explica Carlos Eduardo.
Além disso, já estão sendo implantados alguns projetos de parceria, como na área de iluminação pública, na concessão de rodovias e na parte de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Nos primeiros meses deste ano o setor não apresentou aquecimento, de acordo com o representante da CBIC, mas sim, uma melhoria na expectativa e no ânimo, com a dependência da aprovação da reforma da previdência para atrair mais investimentos para o país. “A reforma da previdência, embora não traga recursos de imediato, sendo algo de médio e longo prazo, em termos de sinalização para investidores é um componente muito importante”, destaca.
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https://www.mapadaobra.com.br/negocios/plataforma-logistica-de-transporte/
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