quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Construdigital: inovação tecnológica na construção

O setor da construção civil é o segundo do país mais resistente ao uso de tecnologia – ficando atrás somente da pesca. Visto que o segmento é um impulsionador do Produto Interno Bruno (PIB) no Brasil, que ainda sofre com os vestígios da crise econômica, é preciso considerar uma mudança urgente nos tradicionais costumes que cercam a construção.

Foi com esse intuito, que a construtech Ambar, em parceria com o Centro de Tecnologia de Edificações (CTE), idealizou e realizou a Construdigital, um dos maiores eventos de transformação digital no setor da construção da América Latina. A convenção ocorreu no dia 30 de outubro, em São Paulo, e reuniu cerca de 1.300 participantes, entre empresários, diretores e representantes da construção no geral.

O Mapa da Obra esteve no evento e trouxe um resumo das perspectivas e questionamentos trazidos nas mais de 42 palestras que ocorreram. Confira.

O que será tendência para o próximo ano?

Entre os assuntos mais comentados, a mudança de comportamento do cliente na hora da compra estava no centro de quase todas as discussões. No mercado atual, 90% das compras passam pelo universo digital, portanto, a implementação de um marketplace, canal de comunicação on-line, e a presença nas redes sociais, são ações necessárias para a vida do negócio de quem está na construção civil.

A tecnologia também apareceu quando o assunto foi materiais de construção. As construtoras e consumidores têm procurado cada vez mais por itens mais duráveis e eficientes, como concreto tubos, de carbono e alto-curativos.

Outra tendência já discutida em outras ocasiões, mas ainda não implementada em larga escala, é a construção modular – disseminada pelas paredes de drywall e pré-moldados – que propõe a automação nos métodos de construção, fornecendo mais agilidade e menos custo que a alvenaria convencional.

Quais serão as preocupações futuras? 

Paulo Vandor, sócio-fundador da L.E.K Consulting (Br), comandou a palestra “Tendências globais e disrupções do setor da construção” e apresentou alguns tópicos importantes para construtores e empresas relacionadas ao ramo ficarem atentos:

  • Baixo poder de consumo do consumidor

Com o poder de consumo da maioria dos brasileiros diminuindo e o preço das residências cada vez mais alto, o desejo da casa própria tem ficado mais distante. Algumas alternativas a isso são as residências compartilhadas – modelo já muito utilizado nos Estado Unidos da América (EUA) e em países da Europa, é bem aceito pela geração Z – e centros comunitários para idosos, já que é previsto um envelhecimento da população brasileira.

Paralelo a isso, também é importante a difusão de programas como o Minha Casa, Minha Vida, que facilita a compra de residências para famílias de baixa renda. “Até mesmo países como Austrália e Inglaterra tiveram que recorrer a criação de linhas de crédito para financiamentos populares”, comenta Paulo.

  • Escassez de recursos naturais

De acordo com as Nações Unidas, se a população global chegar a 9,6 bilhões de pessoas em 2050, como previsto, serão necessários quase três planetas terras para proporcionar recursos naturais a fim de manter o atual estilo de vida. E isso também inclui os materiais utilizados na construção civil.

Nos próximos anos é imprescindível que as grandes construtoras e empresas do ramo comecem a prezar por materiais reutilizados, alternativos e recicláveis, como a madeira engenheirada, exemplo dado por Paulo.

Além disso, é claro que reuso – e uso consciente – de água e energia devem ser regras em todas as construções.

Soluções em inovação da Engemix

Em 2016, no meio da crise econômica, a Engemix decidiu, após perguntar para os seus clientes “como eu posso te ajudar a ter sucesso?”, a criar uma solução inovadora para as obras de construção. A resposta desses clientes foi que eles precisavam de mais pontualidade dos seus caminhões-betoneiras nas obras. A tarefa é difícil para uma cidade como São Paulo – que contabiliza muito trânsito nas suas longas distâncias – mas como cada minuto faz muita diferença durante a concretagem, o atraso desses caminhões gerava mais custos, inclusive com mão-de-obra, aumentando os dias de trabalho em canteiro.

Para solucionar esse problema e ter clientes mais satisfeitos, a empresa instalou um GPS em cada caminhão, além de criar um software de monitoramento do posicionamento desses caminhões que sinalizava se eles já tinham descarregado o concreto, em qual etapa estavam etc. Tudo isso é transmitido para os clientes pelo Aplicativo Engemix – e o resultado não poderia ser melhor. Cerca de 3 anos depois, a taxa de satisfação dos clientes beira os 70%.

Segundo Ricardo Andrade Soares, gerente geral da Engemix, aquela pergunta de 2016 gerou também outros insight. “Quando a gente começou a conversar com o cliente, nós tivemos sempre três respostas muito fortes: pontualidade, qualidade do concreto e inovação”, conta. “Desde então estamos trabalhando em cima desses três pilares. Tudo o que estamos fazendo está linkado a pelo menos algum deles. Nosso foco para o próximo ano é trazer novos tecnologias, aditivos, produtos e parceiros de fora. Tudo o que podemos para melhorar a produtividade e reduzir os custos das obras dos nossos clientes”, complementa o representante da Engemix.

 

Quer saber mais sobre os concretos oferecidos pela Engemix? https://www.engemix.com.br

 

 

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