Por Nathalia Lopes
No início de 2019, uma projeção do Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), indicava um crescimento de 2,0% no Produto Interno Bruto (PIB) da Construção Civil – o famoso PIB da Construção – para esse ano. A projeção seria a retomada do setor que acumulou uma queda de 28% nas atividades entre 2014 e 2018.
Entretanto, já em meados de junho deste ano, as projeções foram reduzidas para 0,5%, e na última Reunião de Conjuntura do SindusCon-SP – realizada no dia 15 de outubro – a mesma previsão foi mantida. Segundo o vice-presidente de economia do sindicato, Eduardo Zaidan, parte da tal perspectiva pode ser creditada à polarização que marca a atuação do governo e, consequentemente, tem levado ao desmonte de programas que deram certo, como o financiamento à habitação de baixa renda do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
Para conquistar resultados positivos, o PIB da Construção depende necessariamente que seus dois grandes setores sejam estimulados e alavancados: o mercado imobiliário e a infraestrutura. -. Confira a visão do último ano e as perspectivas para o futuro destes mercados:
Mercado Imobiliário
O panorama do mercado imobiliário de 2019 divide-se em duas vertentes: crescimento dos lançamentos e das vendas imobiliárias e do financiamento imobiliário; e em contrapartida, a paralisação de novas contratação na faixa 1 do programa Minha Casa, Minha Vida – que iniciou em novembro do ano passado e aguardava retomada em janeiro deste ano.
Na cidade de São Paulo e no Distrito Federal, houve um aumento no lançamento e nas vendas das unidades residenciais se comparado com o ano passado.
Brasília: entenda o andamento
Segundo o Índice de Velocidade de Vendas (IVV), uma iniciativa do SindusCon-DF, Ademi-DF e Sebrae-DF (que apresenta uma amostragem de 50% do mercado do Distrito Federal), até agosto de 2018 tinham sido vendidas 1.758 unidades, enquanto durante o mesmo período de 2019 foram comercializadas 1.762 unidades, uma variação de 5%. Entretanto, o comparativo de junho com agosto deste ano indicou uma variação maior, de 46% (171 unidades em julho e 250 em agosto). Em relação às unidades lançadas, em 2018, foram 1.045 até agosto e 1.761 até dezembro, enquanto neste ano os números já bateram 2.565 lançamentos.
De acordo com Grazieli Bandeira, gerente técnica do SindusCon-DF, a expectativa é de que o setor continue reagindo, anda que não na velocidade que era esperado.
São Paulo: entenda o andamento
Já em São Paulo, de acordo com o último levantamento feito pelo Secovi-SP, foram vendidas 40.239 unidades no acumulado de 12 meses (de setembro de 2018 a agosto de 2019) enquanto no mesmo período anterior, 28.762 unidades foram comercializadas. Um aumento bastante significativo de 39,9%.
Os lançamentos em São Paulo também tiveram crescimento (48,2%). Enquanto no acumulado de 12 meses (de setembro de 2017 a agosto de 2018) foram lançadas 34.676 unidades, nos últimos 12 meses, o número subiu para 51.403 unidades.
De acordo com o último levantamento da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) o ano também tem se mostrado mais otimista para o mercado imobiliário no cenário nacional. Os lançamentos cresceram 11% no segundo trimestre em comparação com o trimestre anterior e as vendas aumentaram 16%.
Infraestrutura
Em agosto desse ano o Governo do Distrito Federal recebeu R$ 62,1 milhões para executar obras de infraestrutura, mobilidade, tecnologia e desenvolvimento. Está previsto o andamento da Rodoviária do Plano Piloto, o Trevo da Triagem Norte, as estações 106 e 110 Sul do Metrô, Vicente Pires, Sol Nascente e Bernardo Sayão. Segundo o Ministério do Planejamento, atualmente, existem 31 empreendimentos em obras no estado.
No final de setembro foi realizado um repasse de R$ 18 milhões para a Secretaria de Desenvolvimento Regional fomentar obras de infraestrutura em 57 municípios de São Paulo (convênios contemplam a reforma da Unidade Básica de Saúde, escola municipal, centro de lazer e da juventude, ginásio de esportes, iluminação pública e infraestrutura urbana em geral).
Outros R$ 9,3 milhões foram assinados em convênios entre a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente e 243 municípios paulistas regulados e fiscalizados pela -Agência Reguladora de Saneamento Básico e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp). A iniciativa visa a revisão ou atualização dos Planos Municipais de Saneamento: Serviços de Abastecimento de Água Potável e de Esgotamento Sanitário.
A somatória pode ser útil para prosseguir com 219 obras de grande porte paradas no estado de São Paulo, número publicado em um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) entre fevereiro e março desse ano.
Veja quais eram as perspectivas da construção civil para 2019
https://www.mapadaobra.com.br/negocios/construcao-civil-2019/
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