terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Construção sustentável: 5 dicas para melhorar a eficiência

Por Carla Rocha

 

A sustentabilidade tem sido tema importante na realidade de várias indústrias da construção civil e também das construtoras. Exemplo disso é o crescimento de construtoras consideradas AQUAs, em que todos os seus empreendimentos são feitos de acordo com a certificação Alta Qualidade Ambiental, fornecida pela Fundação Vanzolini.

“A Certificação AQUA-HQE propõe uma série de medidas que visam à melhoria do desempenho ambiental da edificação ao longo de todo o seu ciclo de vida, tanto em sua execução quanto durante sua vida útil quando estiver em uso e operação”, explica Gabriel Novaes, analista técnico da Fundação Vanzolini.

Ainda segundo Gabriel, para que seja certificado, o empreendimento deve levar em conta as condições ideais de conforto térmico, acústico, economia de energia e de água, bem como outros diversos elementos do desempenho que o edifício terá quando estiver sendo utilizado.

Os cuidados com a sustentabilidade do edifício, no entanto, começam logo no canteiro-de-obras. Confira 5 dicas de como melhorar a eficiência das construções e, consequentemente, reduzir custos e resíduos.

 

Construção sustentável: 5 dicas para adequar seus processos na obra

 

  1. Economia de energia e água

Obras de grande porte geram, naturalmente, muitos gastos com água e energia. Entretanto, há possibilidade de reduzir esses gastos com algumas iniciativas simples. “A água utilizada no dia a dia das áreas administrativas do canteiro-de-obras, como lavagem de rodas de caminhão, de pisos, vasos sanitários e mictórios, por exemplo, pode ser servida de aproveitamento de águas pluviais para usos não-potáveis”, indica o analista..

Ele também indica o uso de equipamentos com dispositivos economizadores, como torneiras com arejadores e/ou com temporizador, bacias com descargas de duplo fluxo e caixa acoplada, entre outros.

Para economia de energia o ideal é optar por equipamentos mais eficientes nas áreas administrativas, como luminárias e condicionadores de ar com uso de sensores de presença e iluminação intermitente nestas áreas. “Há também o uso de equipamentos com etiquetagem de eficiência energética, do Inmetro, Selo Procel, da Eletrobras”.

 

  1. Gestão dos resíduos

Uma das etapas mais trabalhosas para quem gerencia obras é assegurar a correta gestão e destinação dos resíduos da construção e demolição, garantindo a destinação correta.

Gabriel recomenda fazer esse trabalho de forma controlada e, claro, dentro de todas as exigências legais de transportadoras e de destino final. “É fundamental buscar a maior taxa de valorização possível dos resíduos, por meio de reciclagem, reaproveitamento ou reutilização, ou por meio da reinserção do resíduo da cadeira produtiva”.

 

  1. Uso de materiais regularizados

A escolha de fornecedores com materiais regularizados faz toda diferença. Além desse produto ter maior garantia, ele certifica o fornecedor como responsável ambiental.  “Deve-se conhecer suas procedências e a regularidade de seus fornecedores, adotando sempre materiais e componentes que possuam os respectivos selos ou certificações de controle de qualidade”.

Além disso, Novaes recomenda buscar conhecimento dos aspectos ambientais dos produtos utilizados e de seus respectivos impactos no processo produtivo e ao longo do ciclo de vida, por meio da busca de informações junto aos fornecedores e por meio das Declarações Ambientais de Produto (EPDs). A Votorantim Cimentos, por exemplo, possui EPDs para seus produtos. Confira aqui!

 

  1. Redução de impactos sobre o espaço urbano

Reduzir os impactos que a obra causa sobre o espaço urbano também diz respeito a sustentabilidade, já que uma obra causa muitos resíduos o tempo inteiro e outras sujidades decorrente do frequente tráfego de veículos de grande porte.

“Lavar as ruas em torno do canteiro-de-obras para evitar o acúmulo de terra, planejamento e controle dos horários de tráfego de caminhões, entregas, carga e descarga respeitando legislações locais também são atitudes sustentáveis”.

 

  1. Responsabilidade social

O último item – e que casa perfeitamente com o tópico acima – é assegurar a formalidade fiscal e trabalhista de todos os envolvidos na obra, incluindo fornecedores e subcontratados.

“Afinal, a sustentabilidade também diz respeito à responsabilidade social da empresa e de seus intervenientes. Isto deve ser feito por meio do controle de qualificação e avaliação de fornecedores e prestadores de serviços”, comenta.

O Papo Construtivo fez uma edição especial sobre o empreendimento que recebeu a primeira certificação AQUA Social. Quer saber quais foram as suas iniciativas? Confira:

https://www.mapadaobra.com.br/papoconstrutivo/primeiro-residencial-minha-casa-minha-vida-com-certificacao-aqua-social/

 

 

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