Por Nathalia Lopes
A concretagem das fundações e elementos estruturais (como pilares, vigas e lajes) é a etapa final, e muitas vezes, mais longa, de um conjunto de fases que envolvem as obras de uma edificação. Para que não ocorram erros nas etapas de concretagem, que podem gerar retrabalho ou graves problemas estruturais no futuro, é preciso estar atento à escolha do tipo certo de concreto para cada elemento estrutural; o tempo a ser considerado durante o processo – que contempla desde a chegada do caminhão, passa pelo descarregamento do concreto e vai até o término do serviço da mão-de-obra – e também a escolha das ferramentas que devem ser utilizadas – entre elas estão mastro, bomba de projeção e gruas.
Separamos um passo a passo com as principais dicas que você deve seguir para que o processo de concretagem seja eficiente do começo ao fim.
Etapas da concretagem
“Na execução de pavimentos de edifícios em concreto armado, em geral, são previstas duas etapas de concretagem”, explica Marcos Monteiro, professor do curso de engenharia civil do Instituto Mauá de Tecnologia. Na primeira fase são concretados os pilares que servirão de apoio para o pavimento. Dessa forma, concreto é aplicado até o fundo das vigas que se apoiam nos pilares. “Na segunda etapa, são concretadas as cabeças de pilares (região do pilar em comum com a altura da viga), vigas e lajes”, completa.
Já quando se trata especificamente da execução de fundações, deve-se considerar os seguintes tipos: fundações diretas (sapatas) e fundações profundas (estacas com blocos de coroamento).
Segundo o professor, após a confirmação da cota do terreno de apoio e do preparo da sub base (concreto magro), são concretadas as sapatas de apoio – caso a escolha de fundação seja pela rasa ou superficial. Nessas sapatas, são deixados arranques para os pilares e, no caso das vigas serem embutidas nas sapatas, são deixados arranques também para elas. Em uma segunda etapa, são concretadas as vigas baldrames.
No caso de fundações profundas, inicialmente, são perfuradas e concretadas as estacas profundas. Essas estacas deverão ser arrasadas nas cotas previstas em projeto, prevendo-se arranques para os blocos de fundação. Em uma segunda etapa, são concretados os blocos de fundação, prevendo-se os arranques para os pilares. Nesse cenário, as vigas baldrame podem ser concretadas em conjunto com os blocos ou em uma fase posterior. Essa decisão se dá por conta dos volumes de concretagem envolvidos e da logística da concretagem.
“Concretadas sapatas, blocos e vigas baldrame, a obra segue conforme as etapas de execução dos pavimentos: inicialmente, os pilares e, em seguida, lajes e vigas”, finaliza.
Livro de cabeceira
A norma ABNT NBR 14931 – Execução de Estruturas de Concreto – Procedimento prescreve todos os passos a serem seguidos durante a concretagem e, de acordo com Marcos, é uma leitura obrigatória para todo o engenheiro ou profissional que atua na execução de estruturas de concreto. “Entretanto, não é incomum encontrarmos engenheiros que atuam em obras que nunca tiveram contato com essa norma”, sinaliza.
Essa afirmação é preocupante, visto que a norma apresenta todos os cuidados necessários para o recebimento de materiais, produção e execução de fôrmas, preparação e montagem de armaduras e verificação de serviços que devem anteceder a execução da concretagem. “Ela apresenta, ainda, a forma correta de recebimento e controle do concreto e os cuidados durante a concretagem, bem como os procedimentos para a cura do concreto e para a realização da desforma”, completa o engenheiro.
Uma norma extremamente importante para as estruturas de concreto é a ABNT NBR 6118. Quer saber mais sobre ela? Confira aqui: https://www.mapadaobra.com.br/inovacao/norma-comentada-abnt-nbr-6118/
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