Acabando com um período de 5 anos de queda, a atividade econômica da construção civil vai fechar em alta. A perspectiva apontada durante coletiva de imprensa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), em dezembro de 2019, é de que o PIB da Construção feche em 2% esse ano e, para 2020, de acordo com o mesmo levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a expectativa é de que o crescimento seja de 3%.
A alta, mesmo pequena, já é um indicador bastante positivo, tendo em vista que de 2014 a 2018 os resultados acumulados foram todos negativos, ocorrendo uma queda de 30% neste período.
Dados do período
O comparativo do 3º trimestre contra o trimestre anterior, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentou esses dados: a agropecuária com crescimento de 1,3%; a construção com 1,3%; a indústria com 0,8%; serviços com 0,4%; 0,8% do aumento do consumo das famílias; o consumo do Governo apresentou queda de 0,4%; já a formação bruta de capital fixo foi de 2%; a importação apresentou aumento de 2,9%; e o pior desempenho foi do setor de exportação, com queda de 2,8%.
Já a taxa acumulada do ano, nos mesmos setores, foi de: 1,4% da agropecuária; 1,7% da construção; 0,1% da indústria; 1,1% dos serviços; 1,8% do consumo das famílias; -0,7% do consumo do Governo; 3,1 de formação bruta de capital fixo; -2,0% de exportação; e 1,6% de importação. O PIB total acumulado, de acordo com esses dados, foi de 1%.
Balanço setorial: destaques
De acordo com a apresentação conduzida pela coordenadora de projetos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Ana Maria Castelo, esses dados demonstram que há uma recuperação do setor da construção, impulsionada, principalmente, pelo bom desempenho do setor da autoconstrução (varejo de materiais de construção, que conta com pequenas obras e reformas).
No caso das vendas do comércio varejista, segundo dados do IBGE, o volume cresceu em 5,7% em relação a setembro de 2018 (no acumulado de 12 meses). No ano, a variação é de 3,9%. Já a produção física destes materiais cresceu um pouco menos, 2,1% em relação ao mesmo período. Outro dado relevante sobre este consumo é com relação ao público final da autoconstrução. De acordo com levantamento da FGV/Abramat, as famílias respondem por 52% da demanda final de materiais de construção.
A cidade de São Paulo apresentou dados bem diferentes do Brasil sobre as vendas de imóveis residenciais. Considerando a taxa acumulado no ano até setembro, de acordo com dados do Secovi-SP, o crescimento dos imóveis econômicos foi de 111%, enquanto de outros mercados foi de 44%. A taxa acumulada geral, no entanto, foi de 68,8%.
Olhando para dados do Brasil, levantados pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias, as vendas não apresentaram crescimento, mas sim, queda de 2,4% na taxa acumulada até agosto. Já em termos de lançamentos, o crescimento foi de 9,9% no mesmo período, considerando todos os tipos de imóveis.
Fatores que limitam à melhoria dos negócios
Um levantamento importante feito pela FGV e demonstrado na apresentação apontou quais eram os fatores que limitavam à melhoria dos negócios, de acordo com o público da construção civil, e realizando um comparativo entre novembro de 2019 e novembro de 2010.
Em novembro de 2019 a demanda insuficiente foi o tópico mais apontado pelos entrevistados com limitante, chegando a somar mais de 45 pontos. Em 2010, esse indicador não somava nem 10 pontos para o público, sendo que, o fator mais apontado naquele ano era a escassez de mão de obra qualificada, que chegava a passar dos 40 pontos no levantamento.
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