domingo, 28 de junho de 2020

Construção sustentável: conheça a certificação Well

A certificação WELL Building Standard foi desenvolvida para atender a uma nova demanda da população que está em busca de maior qualidade de vida, saúde e produtividade, principalmente, nos espaços corporativos, tudo isso aliado à sustentabilidade ambiental na construção civil.

O objetivo desta certificação, que é uma ferramenta complementar a Certificação Internacional LEED, é  transformar os ambientes não apenas em sustentáveis para o planeta, mas agradáveis também para aqueles que o habitam. Por isso, projetar e construir espaços que promovem a saúde e bem-estar acabaram se tornando um ponto fundamental no âmbito da construção sustentável.


Segundo informações divulgadas pelo Green Building Council Brasil (GBC Brasil), o principal objetivo da certificação era compreender como os conceitos WELL poderiam ser aplicados na prática em um modelo de negócios e de construção sustentável com a finalidade de garantir o bem estar para o consumidor, ou seja, para quem passará grande parte do seu dia e da sua vida naquela edificação, colocando as pessoas no centro das decisões de projeto e construção.

 

Repensando a construção sustentável no país


O surgimento de novos materiais de construção sustentáveis tem crescido muito nos últimos anos, bem como a necessidade do público por edificações que agridam o mínimo possível o meio ambiente – o que serviu de impulso para os fabricantes buscarem alternativas para atender a essa necessidade. O WELL Building Standard é uma forma da construção civil e da indústria repensar tudo o que tem sido orientado na construção sustentável, desenvolvendo assim, uma nova oportunidade de mercado no setor.


De acordo com Luiza Junqueira, sócia e diretora comercial da StraubJunqueira, que é responsável pela emissão da primeira certificação WELL da América Latina, a certificação ainda é um assunto novo no país e os principais requisitos para atendê-la são: incentivo a prática de atividades físicas; conforto acústico, lumínico e térmico; uso de materiais com baixa toxicidade; entre outros. “Para empresas, evita problemas associados à síndrome do edifício doente; gera redução do absenteísmo e presenteísmo; menor turnover; aumento na produtividade; satisfação dos colaboradores; redução com custos em sinistralidade de planos de saúde; retenção de talentos; aumento na lucratividade e satisfação dos clientes; alinhamento com os ODSs; aumento no valor do imóvel e taxas de locação mais rápidas; entre outros”, enfatizou. Confira abaixo os principais diferenciais:

Economia: em edifícios residenciais, aumento no valor do imóvel e taxas de venda mais rápidas.

Saúde e desempenho: em escolas, melhora no desempenho dos alunos e, em hospitais, pacientes recebem alta mais cedo.

Segurança e bem estar: em comunidades, de modo geral, aumento da segurança, do bem estar social, equidade, longevidade, entre outros.

 

Para obter a certificação, é necessário passar por todas as etapas (projetos/obras/operação) e receber um auditor in loco que irá, além de fazer inspeções visuais, coletar amostras de água e ar que serão enviadas para laboratórios para validação dos parâmetros aceitáveis. Além disso, é uma certificação que exige uma recertificação a cada 3 anos, após avaliação.

 

Implementação e principais desafios


Desde seu surgimento, no final de 2014, a ideia era de buscar e implementar os requisitos da certificação WELL Building Standard, principalmente, em espaços corporativos, onde as pessoas precisavam de mais qualidade de vida.
Essa é uma tendência que vem ganhando cada vez mais destaque em todos os setores e agora também começa a receber atenção da construção civil. “Se antes da pandemia essa demanda já estava crescendo, nesses últimos dois meses estamos vivenciando uma explosão de empresas interessadas no assunto”, ressalta a representante da StraubJunqueira. “Trata-se de uma certificação relativamente nova, com apenas 5 anos, mas que tem ganhado grande visibilidade no mundo, pois vai além do movimento das construções sustentáveis que focam exclusivamente em performance ambiental, focando também nas pessoas (e sem pessoas não há sustentabilidade)”, complementa. 

 

Perspectivas futuras


Gerar uma cultura de preocupação com a qualidade de vida e saúde das pessoas em toda a cadeia: desde a indústria, que deverá começar a se preocupar cada vez mais com a transparência das informações e o uso de matérias primas com baixa ou nenhuma toxicidade; no canteiro, com a qualidade do ambiente em que os operários são expostos; e durante a ocupação, cuja manutenção frequente e adequada será necessária para garantir a qualidade dos ambientes, tal qual foram projetados e executados. “Inevitavelmente, estamos vivendo um momento que forçará essa mudança de forma mais rápida e compulsória – com a chegada da pandemia da Covid-19, estamos presenciando grandes mudanças de comportamento humano”, ressalta Luiza Junqueira. 

A sustentabilidade deixou de ser um tema opcional e já se tornou uma premissa estratégica. Confira detalhes no Papo Construtivo sobre o AQUA SOCIAL:

https://www.mapadaobra.com.br/papoconstrutivo/primeiro-residencial-minha-casa-minha-vida-com-certificacao-aqua-social/

 

 

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