quarta-feira, 17 de junho de 2020

Crédito para pequenas empresas: como preparar a sua loja?

Desde que a pandemia da Covid-19 teve início no Brasil, os lojistas de materiais de construção começaram a sentir os efeitos negativos em suas contas. Isso porque, o isolamento social está afastando os clientes das lojas, naturalmente, e muitos desses pequenos estabelecimentos não possuem canais digitais para realizar entregas em obras e reformas. Para que as lojas sobrevivam a esse período de poucas, ou quase nulas, vendas, uma das principais alternativas é recorrer ao crédito para pequenas empresas.


De acordo com Giovanni Beviláqua, doutor em Economia pela Universidade de Brasília e analista técnico do Sebrae Nacional, desde o início das medidas anunciadas pelas autoridades para conter a pandemia do Coronavírus, a equipe do Sebrae vem monitorando as notícias e as ações das Instituições Financeiras em todo Brasil para levar aos empresários de pequenos negócios informações qualificadas e úteis para enfrentar os efeito da crise com a paralisação das atividades. “Saliento que pequeno negócio no Brasil corresponde às empresas que faturam anualmente até R$ 4,8 milhões. Dentro desse conjunto, as microempresas são as que faturam anualmente até R$ 360 mil e as empresas de pequeno porte as que faturam anualmente entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões. A primeira grande medida do governo foi a linha de crédito para a folha de pagamento, mas essa medida não contemplava as empresas com faturamento até R$ 360 mil, isto é, as microempresas”, conta o doutor em Economia. 

Crédito para pequenas empresas: iniciativas do Governo Federal

Um dos programas lançados pelo Governo Federal é o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), sancionado no meio de maio de 2020 pelo Presidente da República. 

De acordo com Beviláqua, esse programa é destinado a:

– Microempresas com faturamento de até R$ 360 mil por ano; e

– Pequenas empresas com faturamento anual de de R$ 360 mil a R$ 4,8 milhões.

– Para novas companhias, com menos de um ano de funcionamento, o limite do empréstimo será de até metade do capital social ou de 30% da média do faturamento mensal.

Além disso, o valor poderá ser dividido em até 36 parcelas. A taxa de juros anual máxima será igual à Taxa Selic (atualmente em 3% ao ano), acrescida de 1,25%. “As micro e pequenas empresas poderão usar os recursos obtidos para investimentos, para pagar salário dos funcionários ou para o capital de giro, com despesas como água, luz, aluguel, reposição de estoque, entre outras. O projeto proíbe o uso dos recursos para distribuição de lucros e dividendos entre os sócios do negócio”, destaca o representante do Sebrae Nacional. Ainda, de acordo com ele, desde o início da pandemia do novo Coronavírus e da crise econômica, o Banco Central liberou bilhões de dólares no mercado, “mas a maior parte desses recursos não foi repassado pelos bancos às empresas por causa do receio de inadimplência”. Cada empréstimo terá a garantia, pela União, de 85% dos recursos, com esses valores do fundo. Todas as instituições financeiras públicas e privadas autorizadas a funcionar pelo Banco Central (BC) poderão operar a linha de crédito.

 

Dicas para o pequeno empreendedor: como sobreviver a essa crise?

Diferentemente das crises que a construção civil já enfrentou, sendo a mais recente entre os anos de 2013 e 2018, essa crise que estamos passando é inédita na economia brasileira. “As empresas brasileiras, sobretudo os pequenos negócios, têm muitas dificuldades nesse momento que já refletem problemas anteriores como gestão financeira deficitária, baixo nível de reservas, entre outros. Como os setores de comércio e serviços são onde estão a maioria (cerca de 70%) dos pequenos negócios, as medidas necessárias adotadas para o combate da pandemia do Coronavírus, sobretudo o isolamento social, tiveram um impacto muito grande sobre os negócios. Portanto, se faz necessário adotar algumas medidas internas ao negócio para que as empresas possam se manter durante esse período emergencial, como negociações com fornecedores quanto a prazos de pagamentos”, afirma Beviláqua.
Vale ressaltar que a busca por negociações com bancos também foi autorizada pelo Governo Federal e podem ser procuradas pelos empresários. “O importante agora é que, apesar da crise e da emergência que estamos vivendo, as empresas tomem decisões bem ponderadas em relação a sua gestão financeira e não podemos esquecer que caso seja realmente necessário o recurso ao crédito, que ele seja feito de forma muito bem orientada e consciente”, orienta.
Para aqueles pequenos empreendedores que desejam obter mais orientações relacionadas ao crédito, vale contatar o Sebrae. “O Sebrae está disponibilizando gratuitamente um conjunto muito amplo de conteúdos de orientação e informações com apostilas, videos e outros conteúdos que podem auxiliar os empresários nesse momento em seu site”, conta o representante da entidade.

Quer dicas para manter sua loja funcionando em segurança? Confira o infográfico gratuito feito pelo Mapa da Obra: http://conteudo.mapadaobra.com.br/y4VP2BIsay

 

 

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