As lojas de materiais de construção ainda estão engatinhando no quesito inovação e tecnologia, principalmente, as pequenas lojas de bairros. Porém, o surgimento do novo Coronavírus tem levado os lojistas a repensarem nos seus modelos de negócios e implementar novas formas de vender seus produtos, seja por meio de vendas via e-commerce, redes sociais ou, até mesmo, via ferramentas como o WhatsApp.
Enquanto uma loja física depende de diversos fatores como ambiente físico, localização, infraestrutura, layout da loja e divulgação para ser notada, o comércio eletrônico é uma oportunidade de disponibilizar produtos para os milhões de internautas brasileiros que circulam diariamente pelo ambiente online. E-commerce nada mais é do que uma loja virtual que disponibiliza um catálogo de produtos e um processo de vendas integrado com o estoque, possibilitando várias formas de pagamento, tudo por meio da internet, além de possuir várias outras funcionalidades que proporcionam mais conforto para a compra do consumidor.
Para Flávia Pini, CMO da HiPartners Capital & Work, o varejo certamente foi o mercado mais afetado diante da pandemia que fez muitos projetos de transformação digital saírem do papel pela necessidade de encontrar meios de não reduzir o faturamento a zero. “O e-commerce protagonizou e, para aqueles que já estavam com a operação de pé, puderam amargar menos prejuízos e ainda atrair novos clientes para o canal e logo para a marca”, destaca. As possibilidades de vendas por meio de uma loja online são infinitas, chegar ao cliente a um custo menor – quando comparadas aos custos de manutenção das tradicionais lojas físicas – é uma das vantagens de se vender utilizando da internet.
Planejamento e capacitação para o comércio eletrônico
Entre as principais dificuldades para o lojista que vai iniciar as vendas no ambiente online não está necessariamente na escolha da plataforma e sim nas demais tarefas do dia a dia, tais como a gestão operacional e também a logística. Por isso, é muito importante que o lojista de materiais de construção e também os funcionários façam cursos de capacitação voltados para o tema a fim de estarem familiarizados com esse tipo de tecnologia.
Para Fernando Rocha, especialista em branding e também Gestor na Caixa Econômica Federal, o lojista precisa ter condições de investimento na criação de tudo o que um e-commerce exige, na contratação de pessoas necessárias para esta demanda e na organização da logística de forma adequada, com isso, os desafios estarão na conquista do público a realizar a compra online diante de um mercado repleto de opções e muito conectado a pesquisa de preço do produto. “Ou seja, ele terá que criar estratégias de atração do público voltado a preço de venda e opções”, ressalta.
Para a CMO, a adaptação está travestida de reinvenção – em repensar os modelos/canais tradicionais de venda e conseguir garantir receita. “Além disso, ter estratégias não só voltadas à venda, mas também à marca são extremamente valiosas para combater o vírus nas companhias”, salienta. Exemplos como Magazine Luiza, que abriu um novo canal para que autônomos pudessem vender seus produtos, e o Mercado Livre, que anunciou que não cobrará comissão de lojistas que oferecem itens de primeira necessidade dentro de sua plataforma, têm resultados de ambos os lados: gerando mais negócios mesmo que abrindo mão temporariamente de uma fatia do lucro, mas, principalmente, transmitindo a imagem de empresa parceira, engajada e combatente ao Coronavírus.
LGPD e segurança nas vendas online
Abrir um e-commerce, seja ele uma loja para venda online de materiais de construção ou de outro nicho, é praticamente a mesma coisa que montar um negócio do zero no varejo tradicional. A principal diferença entre os dois modelos de negócio é o meio que os clientes utilizarão para ter acesso aos produtos/serviços que estão à venda, por isso é fundamental que seja feito um planejamento prévio bem como ter acesso a fornecedores de confiança para garantir o sucesso da empreitada.
Se o lojista já dispõe de um comércio com ponto fixo é bem provável que ele já tenha, pelo menos em base, um planejamento, e com isso o processo torna-se mais fácil, já que ele pode apenas adaptar esse modelo para o ambiente digital, do que para aquele empreendedor que está começando literalmente do zero e queira já iniciar as operações estritamente no modelo online.
Além disso, é muito importante estar atento aos problemas que costumam ocorrer com mais frequência no caso das lojas virtuais, como clonagem da página da loja, a invasão de sistemas e, por consequência, o acesso a informações sigilosas dos clientes, o que pode ocasionar diversos problemas jurídicos da loja. Uma maneira de evitar problemas de segurança é a certificação do site, além de outras medidas de segurança já acessíveis ao empreendedor na internet. Também é importante levar em consideração as orientações da nova LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, Lei nº 13.709/2018, que está em processo de implementação em todo o país e que será responsável pela regulamentação das atividades de tratamento de dados pessoais, também alterando os artigos 7º e 16º do Marco Civil da Internet.
Confira alguns cases de sucesso em vendas de materiais de construção via e-commerce:
https://www.mapadaobra.com.br/negocios/vendas-online/
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