terça-feira, 1 de setembro de 2020

Projeto arquitetônico e mudanças pós-pandemia

Algumas tendências que já estavam surgindo na construção civil foram aceleradas com a pandemia. A arquitetura, de forma geral, vem a ser uma janela de oportunidades com relação a todos os outros setores, do residencial unifamiliar ao multifamiliar, todos terão que se adaptar em um futuro próximo, considerando que as pessoas precisarão se adequar a uma nova realidade com as mudanças pós-pandemia e o projeto arquitetônico terá forte participação neste cenário.

Para Davi Brito, do Studio de Arquitetura que leva seu nome e sobrenome, os halls de entrada residenciais, que durante a pandemia passaram a ter a importante função de espaço de transição entre o sujo e o limpo, devem ganhar um redesenho inspirado nos Genkan (halls de entrada das casas japonesas), com armário para os sapatos que vão à rua e fácil acesso a um banheiro que pode até ter máquina de lavar roupas – como é comum em apartamentos pequenos no exterior,  para possibilitar a fácil desinfecção imediatamente após chegar em casa. “As lavanderias comunitárias presentes nos novos lançamentos imobiliários entre 29m² e 40m² devem perder espaço”, ressalta. “Acredito que as pessoas deverão olhar com mais carinho para apartamentos antigos recém-reformados que, mesmo sem áreas comuns com itens como piscina e salão de festas, dispõem de maior área interna, pé direito e generosas janelas e varandas”, ressalta.

 

Projeto arquitetônico: conforto térmico e acústico 

Para Davi, o conforto térmico e acústico são de extrema importância estando diretamente ligados a saúde do morador. “Mesmo com a habilidade de se adaptar às variações sonoras e oscilações térmicas, o corpo humano sofre efeitos colaterais em seu metabolismo, o que se transforma em sintomas como dores de cabeça, irritação, estresse, dificuldade de concentração entre outros”, ressalta. Falando mais especificamente do conforto térmico, ele contribui também para a conservação de energia, evitando desperdícios com aquecimento e refrigeração, o que além de sustentável é altamente desejável financeiramente falando.

Ainda considerando os mini-apartamentos com metragem entre 29m² a 40m², as unidades antigas que dispõem de área de serviço como parte do apartamento serão mais desejadas do que as lançadas recentemente, que deslocaram esse espaço para as área comuns. “Em apartamentos com metragens maiores, a entrada de serviço separada do acesso principal deve voltar a ser objeto de desejo juntamente com halls de entrada que possam ser adaptados aos novos costumes de tirar os sapatos ou de higienizar as mãos ao chegar em casa”, destaca Davi.

Bônus: a importância do conforto nos apartamentos

Para Bruna Araujo, arquiteta de projetos da Consciente Construtora e Incorporadora, os projetos sempre devem contemplar o conceito do conforto, o que se faz, atualmente, é uma adaptação para tirar parte disso por solicitação do cliente. “Agora os clientes ouvirão mais até por conta deles terem notado a importância. O que a pandemia deve mudar é o posicionamento e o olhar do cliente”, destaca. A questão dos preços dos imóveis, segundo Bruna, não devem alterar o custo construtivo. “O que aumenta é a construção como um todo e não o metro quadrado. As pessoas estão ficando cada vez mais em casa, valorizando cada vez mais os espaços internos, então, a relevância de cada ambiente na composição faz ainda mais sentido nesse momento, portanto é preciso ter o conforto mínimo necessário em seus lares”, ressalta a arquiteta. Os consumidores estão dando mais valor para esses espaços e mais importância nos projetos”, complementa.

Quer saber mais sobre a importância do projeto arquitetônico? Acesse:

https://www.mapadaobra.com.br/capacitacao/projeto-arquitetonico/

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