segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Comércio eletrônico: o que sua loja precisa saber

Antes da pandemia, a penetração das empresas no comércio eletrônico era de apenas 6%. Com o surgimento da pandemia e a necessidade de isolamento social, muitos consumidores começaram e ter uma mudança de comportamento, dando preferência para compras on-line, e os lojistas de materiais de construção podem aproveitar essa oportunidade para aumentar as vendas com ajuda do comércio eletrônico.

Com isso, de acordo com pesquisa realizada recentemente pela Ebit/Nielsen, o comércio eletrônico teve um crescimento de 47% em relação à primeira metade de 2019 e o faturamento foi de R$ 38,8 bilhões. O comércio eletrônico nada mais é do que uma loja on-line que disponibiliza um catálogo de produtos e um processo de vendas integrado com o estoque, possibilitando diversas formas de pagamento para o consumidor, tudo através da internet, além de possuir outras funcionalidades para oferecer maior facilidade e conforto para a compra do cliente.

Ainda segundo a pesquisa, os marketplaces registraram 78% de participação no faturamento total do comércio eletrônico, contabilizando o montante de R$ 30 bilhões nos seis primeiros meses de 2020, um crescimento de 56% sobre o mesmo período de 2019. Além disso, devido ao atual cenário de isolamento, cerca de 7,3 milhões de pessoas compraram pela primeira vez através da internet, o que representa um aumento de 40% no número de consumidores on-line no primeiro semestre do ano, totalizando 41 milhões de brasileiros.

Para Vitor Magnani, presidente da Associação Brasileira Online to Offline, o maior desafio é a adaptação operacional e não o uso da tecnologia em si. As operações envolvem atendimento e comunicação com o consumidor. “No físico, por exemplo, você pode ouvir uma pessoa nas ruas e entrar em uma loja, será atendido por um vendedor e pegará o produto na hora. Quem te atrai ali é o vendedor. No digital, você prepara a sua comunicação para os consumidores que estão navegando na internet”, ressalta. Ainda de acordo com ele, outro ponto de atenção é o prazo de entrega. Quanto mais rápida e eficiente ela for, mais chances do cliente voltar a comprar. “Além disso, quanto mais personalizado o atendimento, melhor será o retorno para o empreendedor”, complementa.

 

 

Como iniciar um e-commerce e se adaptar às novas tecnologias

Para iniciar nesse universo e começar a testar algumas das novas tecnologias, como o contato com o consumidor através do WhatsApp, é fundamental ter atenção com a forma de se comunicar, antes mesmo de começar a utilizar algum recurso financeiro. Já para iniciar um e-commerce próprio, será preciso dispor de um investimento para criação da plataforma especializada. Para dar início a uma loja on-line, é preciso ter atenção a alguns pontos como, o controle de estoque, a logística bem integrada e organizada, além de também estabelecer uma plataforma de comunicação e ferramentas de vendas on-line eficientes e integradas com outras redes da loja como mencionado anteriormente.
Outra forma de vender de forma online sem precisar abrir um e-commerce do zero é apostar em grandes marketplaces, bem como lojas do varejo maiores que oferecem o seu espaço para que os pequenos lojistas que ainda não possuem loja virtual possam ter um alcance de vendas maior com os seus produtos. Quando se fala no quesito tecnologia e inovação, principalmente, as pequenas lojas de bairros ainda estão engatinhando e para reverter esse quadro, é muito importante investimentos em cursos e capacitação tanto do gerente quanto do vendedor da loja de materiais de construção.

É importante destacar também que quando falamos de vendas on-line não se trata apenas de iniciativas que necessitem de recursos financeiros para serem implementadas na loja. Atualmente, existem diversas plataformas que oferecem cursos de capacitação gratuitos que podem ajudar o lojista a ter maior conhecimento sobre vendas on-line, técnicas de marketing e comunicação que podem auxiliar no aumento das vendas. Com os impactos do Coronavírus, muitos empresários do setor estão repensando os seus modelos de negócios para implementar novas formas de vender seus produtos, seja por meio de vendas via e-commerce, redes sociais como Facebook, Instagram e, principalmente, através de ferramentas como o  WhatsApp, que são formas fáceis de gerar proximidade entre a loja e o consumidor.

Para finalizar, Magnani esclarece que o caminho mais rápido para gerar faturamento em curto prazo são as plataformas digitais e que todo o empreendedor deve pensar em dois aspectos antes de escolher a melhor plataforma para começar no comércio eletrônico: tecnologia e adaptações operacionais. “A grande diferença é que a plataforma digital já entrega os consumidores para o empreendedor. Já para montar um site, ele vai precisar investir em tráfego para ser pesquisado e o consumidor achá-lo”, finaliza.

 

 

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