As lajes de concreto são elementos estruturais planos que recebem a maior parte das ações aplicadas em uma construção e são responsáveis por transmitir o peso e a pressão para as vigas, e das vigas para os pilares.
As mais utilizadas nas obras nacionais são as moldadas in loco e as pré-fabricadas. Entretanto, os dois tipos dispõem de uma série de modelos e, por isso, é essencial conhecer das vantagens e desvantagens de cada uma para saber qual se encaixa melhor no seu projeto.
“Essa decisão, geralmente, parte do arquiteto. Quando ele vai desenvolver ou dimensionar o projeto, é feito uma análise da laje mais econômica, mas que aceite melhor a estrutura proposta”, explica o engenheiro John Lennon, da Construtora e Incorporadora Elmo Engenharia.
Diferenças entre as lajes de concreto
1- Moldadas in loco
Essas lajes são executadas no canteiro de obra, o que por si só parece mais vantajoso, pois dispensa o uso de um transporte especializado para levá-las. “Não demandam escoramento, nem mão-de-obra especializada; requerem menos concreto e não costumam causar desperdícios de materiais”, explica o engenheiro.
Nessa categoria, estão os seguintes modelos: maciças, cogumelo e nervuradas.
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Lajes maciças
De acordo com Lennon, essas são as mais convencionais e utilizadas em obras de pequeno e médio porte. Elas são moldadas por formas moldadas em obra, instalações metálicas e concreto.
“A maior vantagem é que ela te permite trabalhar com diversas formas de projeto, como tridimensional, por exemplo,”. Além disso, são mais resistentes à patologias como rachaduras.
Normalmente, os métodos mais tradicionais da construção civil costumam implicar em mais desperdício e essa é a desvantagem da laje maciça. “Elas consomem muitas fôrmas – que são descartadas depois – e mais concreto, e, consequentemente, geram mais resíduos”. Além disso, possuem o tempo de cura maior.
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Lajes cogumelo
Dentro do time de lajes moldadas in loco a cogumelo é a mais onerosa. Entretanto, John destaca sua maleabilidade para cobrir grandes vãos e a facilidade na hora da instalação, pois como não necessitam de vigas – as formas apoiam diretamente nos pilares.
“Como o modelo cogumelo não exige vigas, a altura da laje é aumentada para servir de reforço e por isso a espessura da laje deve ser maior, levando ao maior consumo de concreto e aço”. Também são mais propensas a dilatação e requerem mão-de-obra especializada.
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Laje nervurada
No caso da laje nervurada, as próprias nervuras atuam como vigas, um fator que diminui o custo no final da obra e permite o desenho de maiores vãos, diferentes layouts, pé-direitos de 7 metros à 10 metros e espaços mais abertos.
“Como não são tão usuais e requerem a colocação da armadura, essas lajes exigem mão-de-obra especializada”, segundo o engenheiro da Elmo Engenharia. Implicam, também, no maior volume de material para execução das fôrmas.
2- Lajes pré-fabricadas
As lajes pré-fabricadas são construídas por vigas pré-fabricadas ou vigotas de concreto, elementos de enchimento, armadura complementar de destruição negativa e de travamento e, por fim, capa de concreto.
As dimensões variam de acordo com o projeto estrutural e são especificadas por normas.
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Laje treliçada
Esse modelo pode ser utilizado em qualquer obra, mas de acordo com John, é muito comum em construções verticais. Apresenta-se como boa solução em relação ao grupo de lajes moldadas in loco, pois são mais baratas, leves e permitem construções rápidas. Possibilitam formas curas, recortadas e geometria irregular.
As desvantagens são: dificuldade em fazer furos ou passagens na mesma em razão das treliças e difícil aderência de produtos utilizados como revestimentos.
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Com painéis treliçados
Essas lajes, com painéis treliçados, são muito semelhantes as lajes treliçadas, com a vantagem de possibilitar uma execução ainda mais rápida com menos escoramentos de madeira.
No entanto, precisam de mais concreto, cerca de 30%, por isso não saem tão baratas.
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Com painéis alveolares
Devido a sua capacidade de carga superior, essas lajes com painéis alveolares podem vencer grandes vãos, por isso, de acordo com Lenonn, “são muito utilizadas em empreendimentos públicos e grandes obras de infraestrutura”.
Sua constituição avantajada requer espaços maiores para se trabalhar e equipamentos de grande porte para auxiliar na instalação.
Agora que você já sabe como funcionam os principais tipos de laje no Brasil, entenda as diferenças entre as fundações
https://www.mapadaobra.com.br/inovacao/fundacao-estaca-helice-continua-x-sapata-direta/
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