As bombas de concreto são equipamentos que têm por função principal realizar o transporte do concreto do seu local de “origem” até o seu local de aplicação. O termo “origem” está pontuado desta forma, pois o concreto eventualmente, quando usinado, é transportado via caminhões betoneiras até as obras, e, então, as bombas o transportam dos caminhões betoneiras até o local de aplicação final in loco. Existem, eventualmente, concretos e/ou argamassas que ficam alocados em obras em “silos” e, analogamente, as bombas são conectadas às saídas dos silos e os materiais que ali constam são também devidamente transportados para os locais de aplicação naquela obra.
De acordo com a professora e coordenadora do curso de engenharia da Uninove, Larissa Regina Gonçalves J. de Oliveira, estes são equipamentos de fundamental importância para o bombeamento de concreto, pois agilizam (diminuem o tempo) o transporte e aplicação do concreto e, quando devidamente eleitas e utilizadas, minoram as perdas inerentes de transporte deste material quando, por exemplo, compara-se ao transporte via gruas e/ou “giricas”. “O bombeamento é indicado sempre que for necessário vencer distâncias relativamente grandes e, principalmente, quando existir uma diferença de altura significativa a ser vencida entre o ponto de origem do concreto até seu destino final de aplicação”, ressalta.
Outra aplicação do bombeamento é indicada, principalmente, quando existe a necessidade de garantir mais agilidade e rapidez à aplicação, ou seja, quando se necessita aplicar um volume relativamente grande de concreto em um período de tempo curto. “Os fatores que definem o tipo de bomba e sua respectiva tubulação a serem empregadas dependerão das especificidades e necessidades da obra”, complementa.
Tipos de bomba de concreto
- Bombas-lança:
Conforme sua denominação, esta bomba trata-se de um equipamento no qual também está acoplado um mastro distribuidor (“lança”), a partir deste é possível ter alcances como 28m e 32m (metragens mais utilizadas no Brasil).
Devido às suas dimensões e proporções, é um equipamento que exige que sua montagem seja realizada sobre um chassi de um caminhão.
- Bombas estacionárias (ou auto bomba):
As bombas estacionárias têm por característica não possuir o “mastro distribuidor”, por conseguinte, são aplicáveis a obras com pé direito baixo (sem a necessidade de vencer “alturas significativas”) e/ou em processos de concretagem de algumas fundações, também, por exemplo. Estes tipos de bombas são transportadas até o local da obra e, pelo fato de também não possuírem o mastro, solicitam um processo de montagem de tubulação até o local da aplicação final do concreto.
A auto bomba tem as mesmas características das bombas estacionárias mudando apenas o fato de que esta já vem montada sobre o chassi de um caminhão (não há necessidade de um veículo para reboque). As bombas estacionárias são aplicadas, principalmente, quando o espaço para acesso de equipamentos em obra é limitado.
- Bombas “mangote”:
São equipamentos aplicáveis a escopo de obras residenciais, por exemplo, pelo fato de possuírem uma menor potência e velocidade de impulsionamento do concreto. Neste sentido, se faz necessário que o concreto tenha um “slump” adequado mediante a estas “limitações” de potência e velocidade.
Como escolher a bomba ideal para a sua obra
A potência da bomba é um fator muito importante e esta varia sempre em função da distância do local de origem do concreto (quer sejam betoneiras, ou seja, concretos provindos de silos) até o local de aplicação final do mesmo. Como um dos fatores principais tem-se a altura de lançamento: considerando sempre a diferença entre o ponto de origem até o ponto mais alto de lançamento e aplicação do material.
A partir das especificidades da obra (escopo de execução) e das tipologias de bombas diferentes, não apenas as mencionadas anteriormente, mas também conforme a variabilidade do fornecedor local das mesmas, é possível definir o equipamento ideal a ser utilizado em obra. “É importante mencionar que as bombas são equipamentos normalmente locados e não necessariamente e obrigatoriamente comprados”, destaca. Este fato facilita a questão tanto de escolha quanto de acesso (em termos de custo, instalação, logística, manutenção etc.) a estes equipamentos em obras.
Independentemente da tipologia da bomba a ser empregada é sempre importante avaliar que o concreto esteja em uma fluidez (slump) adequada a este tipo de transporte. O objetivo é que o concreto seja transportado de forma a não perder suas características fundamentais enquanto material e também minorar as perdas deste material por atrito e contato nas tubulações durante todo este processo. Para garantir a “melhoria” na fluidez e consistência do concreto pode ser obtida com a diminuição do diâmetro do agregado graúdo envolvido na mistura. Contudo, ao deixar um concreto em estado mais fluido, a retração do mesmo pós-concretagem será aumentada e, sendo assim, é necessária especial atenção no processo de cura de concreto deste material depois da sua aplicação na peça concretada.
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