Um dos maiores desafios dos clientes das lojas de materiais de construção é saber a quantidade correta de materiais que deve comprar. Para evitar desperdício de produto e de dinheiro, o primeiro passo é realizar um bom planejamento, etapa essencial para dimensionar corretamente a mão-de-obra assim como os materiais, ferramentas e equipamentos envolvidos nos processos construtivos.
Segundo a professora Larissa Regina de Oliveira, coordenadora do curso de Engenharia Civil da Uninove, alinhar corretamente as interfaces com outros sistemas construtivos com antecedência é, ainda, uma forma de diminuir os famosos ajustes de obra. “Contratar e ter uma mão-de-obra qualificada, com expertise e experiência, assim como ferramentas e equipamentos adequados à execução, também são fundamentais para o controle do desperdício em obras”, afirma.
Metragem quadrada
A metragem quadrada é um cálculo realizado a partir do formato de uma peça ou de local dos quais se necessita descobrir a área. No caso de superfícies retangulares ou quadradas, por exemplo, este valor é encontrado a partir da multiplicação entre a largura e o comprimento do espaço ou objeto. Exemplo, se quisermos encontrar a metragem quadrada de um ambiente retangular de dimensões 1,20 m por 2,5 m, basta realizar a multiplicação dos dois valores, o que resultará em 3 m² (metros quadrados).
Diversos materiais em obra são calculados a partir de metragens quadradas. O cálculo da quantidade de revestimentos cerâmicos de piso e parede (azulejos), por exemplo, é obtido, de forma generalizada, a partir da divisão entre a área total a ser revestida pela área de cada peça cerâmica a ser utilizada. “Estes cálculos iniciais ainda podem ser mais elaborados, acrescentando-se dados como o percentual de perdas”, explica Larissa.
Metragem cúbica
A metragem cúbica é um cálculo realizado também a partir do formato de uma peça ou local. No entanto, como é utilizado para adquirir o volume, é um cálculo que leva em consideração sempre três dimensões: comprimento, largura e altura. Em algumas bibliografias, é possível que se refiram a este cálculo como sendo obtido pela área da superfície da peça ou do local multiplicada pela sua altura – no caso de bases quadradas ou retangulares.
O cálculo de volumes é empregado, por sua vez, no caso da análise de quantidades necessárias de concreto para o preenchimento de uma peça estrutural (vigas, lajes ou pilares). Esta operação também pode ser empregada para obtenção da quantidade de argamassa a ser aplicada, a qual estará sujeita a da área da superfície a ser revestida e à espessura de massa definida em projeto para esta aplicação.
Cálculo de revestimento
A quantidade de pisos e paredes pode ser otimizada a partir do desenvolvimento de um projeto de paginação. “A paginação nada mais é do que um estudo que leva em conta não apenas a estética, mas também de qual forma os revestimentos cerâmicos de pisos e paredes (azulejos) – em função dos seus tamanhos (dimensões) – podem ser melhores aproveitados nas dimensões do local a ser aplicado”.
Com o auxílio deste recurso, é possível prevenir a prática excessiva de recortes nestes materiais, otimizando a questão da quantidade, aperfeiçoando a produtividade da mão-de-obra envolvida e também permitindo que o local da aplicação fique esteticamente harmonioso.
Cálculo de concreto e argamassa
O volume de argamassa ou concreto a ser empregado em uma obra dependerá de fatores como: dimensões da região ou da peça a ser concretada ou a qual receberá revestimento em argamassa, além da espessura destes locais ou do próprio revestimento em si. “Para saber o quanto de concreto será necessário aplicar em uma laje de 2 m por 4 m, é necessário também ter a sua espessura; por exemplo, saber se a laje será de 12 cm (0,12 m)”, ilustra a professora.
Outro aspecto importante é em relação ao traço, que representa a proporção entre os diferentes materiais que compõem as argamassas e concretos. A partir desta proporção e da quantidade de cada material, tem-se não apenas o volume total dessas misturas, mas também as devidas quantidades de água, cimento, areia e britas (no caso de concretos).
Levando em consideração que sempre haverá uma perda de materiais nas etapas de aplicação e transporte, é necessário ainda, calcular um volume maior de concreto ou argamassa, para que a falta de material não seja detectada apenas durante a execução da obra. Mas para evitar surpresas e garantir o melhor aproveitamento, Larissa orienta: “Quanto mais treinada e preparada a equipe de mão-de-obra e quanto mais os transportes e ferramentas envolvidos forem planejados, esta perda sempre pode ser controlada ou minorada”.
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