A versatilidade e o apelo estético, assim como os aspectos de durabilidade e resistência, fazem dos diferentes tipos de porcelanato algumas das opções mais utilizadas para o revestimento de pisos, paredes, bancadas, banheiros e cozinhas, tanto em áreas internas quanto externas.
Mas, durante o assentamento das placas, é preciso tomar uma série de cuidados para evitar que haja problemas como o descolamento, o estufamento ou até mesmo a perda de aderência do porcelanato depois de certo tempo da aplicação.
Segundo Maria Emília da Silva Oliveira, professora de Engenharia Civil da Universidade Presbiteriana Mackenzie – Campinas, é necessário considerar inicialmente que “o porcelanato é um material mais nobre entre os materiais cerâmicos”. Desta forma, o processo de assentamento das placas de porcelanato demanda atenção redobrada ao longo das etapas descritas a seguir:
Argamassa
O primeiro passo para realizar um bom assentamento das placas de porcelanato é adquirir uma argamassa própria para este tipo de cerâmica. Neste caso, a argamassa utilizada deve ser a AC III, que obtém o melhor resultado de aplicação do material no contrapiso.
Outro fator fundamental é a quantidade de água adicionada no composto da argamassa, que em geral muda de fabricante para fabricante. Muitas vezes, é comum que os pedreiros preparem a argamassa e não realizem o assentamento das placas logo em seguida, fazendo com que esta mistura endureça. Para amolecer a argamassa, os profissionais tendem a colocar mais água no produto, o que prejudica a resistência da massa colante e também pode resultar em manchas de umidade no revestimento aplicado.
Para evitar este tipo de problema, Maria Emília recomenda: “você tem que dosar, utilizar o mais rápido que você puder e depois, se precisar, pegar um novo saco, adicionar água de acordo com o fabricante e recomeçar a aplicar”.
Aderência
Antes de iniciar a aplicação do porcelanato, é importante se certificar de que a superfície do contrapiso esteja muito bem limpa, sem a presença de areia ou poeira, que podem dificultar a ponte de aderência entre a placa cerâmica e o substrato. “Se tem algum material pulverulento, seja no piso ou na parede, você pode até realizar essa ponte, mas com o tempo ela descola”, explica a professora.
Depois de aplicada a argamassa, é chegada a hora, então, de utilizar a desempenadeira, ferramenta responsável por criar cordões verticais e horizontais tanto na superfície da massa quanto no tardoz da placa de cerâmica. “A partir do momento que você assenta, eles vão se entrelaçar, criar uma aderência e ele vai ficar preso”.
Para finalizar, a orientação é utilizar um martelo emborrachado para efetuar algumas leves batidas nas extremidades da placa de porcelanato e, assim, garantir que a pedra esteja bem assentada.
Rejunte
Um erro recorrente no processo de assentamento de porcelanato é a opção pela junta seca, que é um tipo de revestimento com rejunte zero. De acordo com Maria Emília, apesar de em alguns casos desagradar esteticamente, o rejunte é importante para evitar futuras fissuras no material cerâmico, assim como o descolamento das placas. “Tem que ter rejunte”, afirma a professora, pontuando que também existe um tipo específico de rejunte para porcelanato.
O espaçamento entre as peças varia de acordo com o tamanho das placas e está detalhado na NBR 13.753, a norma técnica que especifica os procedimentos de revestimento de piso interno ou externo com placas cerâmicas e com utilização de argamassa colante.
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